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Vale dribla preço menor e lucra R$ 5,9 bi

Cotação do minério de ferro cai de US$ 135 a tonelada ao final de 2013 para US$ 120 na média do 1º trimestre

Resultado positivo, porém, recua 4,7% em relação ao ganho da empresa de janeiro a março de 2013

PEDRO SOARES DO RIO

Após um prejuízo recorde de R$ 14,9 bilhões no último trimestre de 2013 e mesmo com o preço do minério de ferro em queda, a Vale conseguiu inverter o resultado negativo e lucrou R$ 5,9 bilhões de janeiro a março.

O desempenho, porém, corresponde a uma queda 4,7% diante do primeiro trimestre de 2013 (R$ 6,2 bilhões) e não há previsão de uma melhora no curto prazo.

É que a China, principal cliente da Vale, deve manter a produção de aço em desaceleração e, como consequência, um consumo mais baixo de minério de ferro.

"A oferta [de minério] sobe de escada, enquanto o consumo sobe numa rampa [mais lentamente]", disse José Carlos Martins, diretor de Ferrosos da Vale. Uma reação tanto do consumo como dos preços, diz, só deve ocorrer no segundo semestre.

Com o cenário turvo, os preços do minério de ferro estão em declínio. A cotação saiu de US$ 135 a tonelada ao final de 2013 para US$ 120 na média do primeiro trimestre deste ano.

Mais recentemente, a tendência de baixa se intensificou e os preços oscilam atualmente entre US$ 100 e US$ 110 a tonelada --cifra que deve ser o "piso" de longo prazo, segundo Martins.

Cotações mais baixas e consumo de minério patinando na China não são ruins apenas para a Vale. A mineradora é uma das maiores exportadoras do país. Se suas vendas são cotadas a um preço menor ou o volume exportado cai, isso tem reflexos na balança comercial do país.

FATURAMENTO

De janeiro a março, a Vale registrou um faturamento de R$ 22,8 bilhões, com expansão de 5,5% na comparação com os três primeiros meses de 2013.

Para Victor Penna, analista do Banco do Brasil, a menor confiança em relação aos rumos da economia chinesa "pressionou [para baixo] os preços", o que "enfraqueceu o resultado" da Vale. Ele ressaltou, porém, o esforço da empresa para reduzir custos.

Com menor produção e preços mais baixos de seu principal produto, o minério de ferro, o Ebtida (indicador que mede a capacidade de geração de caixa da empresa) somou R$ 10 bilhões de janeiro a março --queda de 5,9% sobre mesmo período de 2013.


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