Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Calcule se migrar sua dívida compensa

Entra em vigor regra da portabilidade do crédito imobiliário, para transferir financiamento a banco que cobre menos

Normas reduzem prazos e custos para consumidor; acesse calculadora e saiba quando vale migrar

CAROLINA MATOS DE SÃO PAULO

Entra em vigor hoje a regulamentação da chamada portabilidade do crédito imobiliário --possibilidade de mudança do financiamento contratado em um banco para outro que cobre menos.

As regras, que pretendem estimular a concorrência entre as instituições financeiras e facilitar para o consumidor a migração de empréstimos, estipulam, por exemplo, prazos curtos para resposta dos bancos às solicitações dos clientes e reduzem custos de uma eventual troca.

É preciso, porém, saber avaliar se as vantagens oferecidas por um novo banco de fato compensam financeiramente.

Para ajudar a fazer essa conta, a Folha desenvolveu uma calculadora, em parceria com o Canal do Crédito, site de comparação de produtos financeiros, e com o economista Samy Dana (FGV), colunista do jornal.

A ferramenta, disponível no site do "Folhainvest" (www.folha.com/folhainvest), permite comparações reais entre as condições atuais de um financiamento e as oferecidas por oito bancos do país: Banco do Brasil, Caixa, Itaú, Bradesco, Santander, HSBC, Citi e Banco Pan.

Além de mostrar o impacto de uma eventual mudança no valor da parcela, a calculadora traz, como parâmetro para a decisão, a economia real que seria obtida com a migração.

Economia real é uma referência, em valores de hoje, de quanto o devedor reduzirá seu financiamento caso mude de banco.

Para chegar ao resultado, a calculadora computa os custos do empréstimo atual e as características de outras propostas de crédito em valores presentes, como se as parcelas e as despesas fossem antecipadas a uma taxa de juros de mercado (de 0,65% ao mês, remuneração encontrada em opções de baixo risco, como títulos públicos).

"Na nossa análise, para compensar os recursos e o tempo gastos pelo consumidor com a portabilidade, a economia real tem de ser superior a 5%", afirma Marcelo Prata, presidente do Canal do Crédito. "Isso serve de referência para o tomador do crédito negociar as melhores condições com os bancos."

Entre os custos computados para as comparações, estão, além das taxas de juros, o chamado CET (custo efetivo total, que inclui outras despesas, como com seguro) e gastos que podem ficar a cargo do consumidor na mudança, como com cartório, reavaliação do imóvel e emissão de novo contrato.

"É muito importante comparar tudo isso porque uma proposta com juros menores não necessariamente será mais barata, em razão dessas outras despesas", diz Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Proteste, associação de defesa do consumidor, e colunista da Folha.

CARTILHA

A Proteste lança hoje uma cartilha com esclarecimentos ao tomador de crédito sobre as regras da portabilidade e como barganhar com os bancos (disponível em www.folha.com/folhainvest).

"Para a portabilidade funcionar, o consumidor terá de fazer valer seu direito, procurando os bancos e negociando propostas", afirma Dolci.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página