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Mercado Aberto

MARIA CRISTINA FRIAS cristina.frias@uol.com.br

Pessimismo interno não impede alto investimento estrangeiro direto

Apesar do grande descrédito no país em relação à economia, há uma aposta de investidores estrangeiros de que o Brasil "vai se acertar". A opinião é de José Olympio Pereira, CEO do banco Credit Suisse, para quem o país vive um paradoxo.

"É a maior onda de pessimismo no empresariado brasileiro que eu assisti nos últimos dez anos. Não vejo ninguém que apoie a atual política econômica", diz.

"Paradoxalmente, apesar do grande pessimismo interno de curto prazo, também nunca vi um interesse tão grande de investidores estratégicos e, particularmente, de 'private equity', como agora."

O investimento estrangeiro direto continua em patamar alto. No ano passado, foi de US$ 64 bilhões e em 2012, havia sido de US$ 65 bilhões.

"Acreditávamos que neste ano o fluxo diminuiria. Mas no primeiro trimestre, o acumulado dos doze meses ficou em US$ 64 bilhões, continuou elevado." Para 2014, o banco projeta um ingresso de cerca de US$ 55 bilhões.

"Esses 'private equities' estão vindo com muito apetite." Investidores que compram participações acionárias em empresas, eles se distinguem dos que aplicam no mercado de capitais e que se retraíram.

"O investidor em Bolsa pode entrar e sair a qualquer momento, e obviamente está à espera. Os outros querem comprar enquanto não há competição. Acreditam no país a médio e longo prazos."

O CEO do banco suíço no Brasil tem dito a empresários que há muito capital disposto a investir.

"Se precisarem, contem com o mercado", tranquiliza. A questão é por quanto tempo os investidores continuarão mais interessados no Brasil do que em outros países.

"Não podemos frustrar esses investidores ou contar com esse interesse para sempre", ressalta. "Vamos deixar a mão invisível [do mercado] funcionar e permitir que o Brasil deslanche."

Operadora de saúde construirá em BH hospital de R$ 120 mi

A Promed, operadora de planos de saúde com sede em Minas Gerais, vai construir um hospital em Belo Horizonte, com investimento de cerca de R$ 120 milhões.

Será o primeiro hospital geral da empresa, que hoje atende seus conveniados por meio de instituições de saúde credenciadas.

"A estrutura própria dará mais agilidade e qualidade para os serviços prestados", afirma o diretor-presidente, Jorge Dib Ghanem.

O complexo ficará na região centro-sul da capital mineira, terá 120 leitos, CTI e atenderá casos de alta complexidade, como os de cardiologia e neurologia, de acordo com o executivo.

A construção será financiada por meio do BNDES e as obras deverão levar dois anos, segundo Ghanem.

O aporte é a continuidade de um plano de expansão da rede própria, que começou com um centro médico, já em operação, e um hospital-dia, cujas obras deverão ser entregues em três meses.

As duas unidades também ficam em Belo Horizonte e foram construídas com recursos da operadora.

Embora possua atuação nacional, a Promed tem 85% de seus 200 mil beneficiários em Minas Gerais -a marca trabalha somente com planos de saúde empresariais.

ESTAMPARIA ITALIANA

A italiana Miroglio, que atua no setor têxtil com marcas próprias e produção de tecidos estampados, vai abrir uma fábrica no Brasil, em Guabiruba (SC).

A empresa atua no país desde 2010 vendendo seus tecidos produzidos na Itália.

"Mas a importação aqui é difícil. Você nunca sabe quando a mercadoria vai chegar, porque sempre pode ter atraso na alfândega", diz o diretor-geral da empresa no Brasil, Giuseppe Lano.

A planta instalada em Santa Catarina terá capacidade para produzir cerca de 2 milhões de metros por ano.

Por enquanto, a companhia não tem planos de trazer suas marcas de roupas femininas para o país.

"O objetivo agora é fortalecer o segmento de estamparia. Quem sabe, mais para frente, traremos nossas lojas. O ideal seria fazer isso com um parceiro local."

A receita bruta da Miroglio no Brasil ficou em aproximadamente R$ 20 milhões no ano passado, o que corresponde a menos de 1% do faturamento global do grupo.


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