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Justiça de SP abre caminho para venda de casa de ex-banqueiro

Edemar Cid Ferreira, ex-dono do Banco Santos, recorrerá ao STJ

JULIO WIZIACK DE SÃO PAULO

O Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu ontem estender os efeitos da falência do Banco Santos a cinco empresas de Edemar Cid Ferreira, ex-controlador da instituição. Com isso, seus bens poderão ser usados para pagar a credores do banco.

Essas empresas --Maremar, Atalanta, Hyles, Cid Collection e Finsec-- são donas de bens do ex-banqueiro. Entre eles, estão a casa na rua Gália, em São Paulo, onde o ex-banqueiro morava, e as obras de sua coleção de arte.

A Folha apurou que, com essa decisão, o síndico da massa falida, Vânio Aguiar, pedirá uma avaliação dos bens para colocá-los à venda daqui a cerca de seis meses.

A ideia, ainda segundo apurou a reportagem, é leiloar a casa com as cerca de 900 obras de arte que ainda estão no imóvel. A expectativa é levantar entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões. Os demais imóveis e obras de arte espalhadas por museus podem render mais R$ 180 milhões. Qualquer venda exige aval dos credores.

"Com essa decisão, foi dado um passo importante para o reconhecimento da grande fraude praticada por Edemar e que manchou o sistema financeiro", disse Eronides dos Santos, promotor de Justiça que acompanha a falência da instituição.

O Banco Santos foi liquidada em 2005, com rombo de R$ 2,3 bilhões. Condenado a 21 anos de prisão por diversos crimes, Edemar está em liberdade provisória.

OUTRO LADO

O ex-banqueiro disse à Folha que irá recorrer da decisão ao STJ (Superior Tribunal de Justiça). "Entrarei assim que a decisão sair publicada para evitar qualquer ação arbitrária [venda dos bens]", disse. Para ele, a decisão foi um erro. "Não pude provar que os documentos apresentados pelo síndico à Justiça paulista foram um erro."

Em 2012, o síndico da massa falida do Banco Santos apresentou documentos obtidos no exterior para mostrar que o dinheiro gasto por Edemar na construção de sua casa e em sua coleção de arte foi desviado do banco. Edemar nega.


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