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Sucesso de vendedor na web passa por boas respostas
Grandes vendedores dominam quase 50% dos negócios no MercadoLivre
Brasil tem cerca de 50 'marketplaces', que servem de entrada para pequenos empresários do comércio virtual
Menos de 2% dos 2,6 milhões de vendedores de produtos da plataforma de comércio on-line MercadoLivre no Brasil são responsáveis por quase metade das transações do site no país.
São vendedores que vivem única ou principalmente da renda gerada no site, em que pessoas físicas ou empresas podem oferecer produtos.
De acordo com uma pesquisa feita pela consultoria Nielsen, há hoje no Brasil 43,5 mil vendedores nesse grupo.
No perfil médio, esses empreendedores têm de 30 a 45 anos, são homens, estão no Sul ou no Sudeste e têm dois funcionários.
"São pessoas com bons conhecimentos de marketing e administração, tiram fotos profissionais do produto e têm técnica aguçada para responder às perguntas dos consumidores", afirma Helisson Lemos, diretor-geral do MercadoLivre Brasil.
A empresa em geral cobra uma comissão de 6,5% para cada unidade vendida em transações de até R$ 6.154. Acima disso, a taxa é de R$ 400. Esse modelo é responsável por cerca de dois terços do faturamento da empresa no Brasil, que no ano passado foi de US$ 206,4 milhões (R$ 458 milhões).
O outro terço vem do sistema de pagamentos on-line MercadoPago.
A empresa é um dos exemplos mais antigos do modelo de "marketplace" (plataformas que reúnem várias lojas on-line em um único site), que hoje está mais solidificado e concorrido no Brasil
Segundo a Abcomm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), há cerca de 50 desses sites hoje no Brasil.
Por permitirem que as pessoas comecem a vender rapidamente, sem precisar investir muito em infraestrutura ou marketing, acabam se tornando a porta de entrada para o comércio virtual.
R$ 100 MIL POR MÊS
Juliana Piria, 36, começou a vender cosméticos pelo MercadoLivre em 2008, para complementar a renda.
Ela trabalhava no departamento de marketing de uma empresa de material de construção e começou a comercializar os produtos excedentes do salão de beleza do marido.
Hoje, ela é dona de dois sites de venda de cosméticos, uma distribuidora e uma marca própria, com faturamento de cerca de R$ 1 milhão por mês. O canal no marketplace gera receita de R$ 100 mil mensais, o que a torna uma das campeãs de vendas.
"Você precisa investir. Tudo o que ganhamos investimos em novos produtos, novas tecnologias. Você precisa fazer isso para conseguir algo lá na frente", afirma.
