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Avanço da China sobre mercado argentino é fato, diz ministério

Secretário pondera que país asiático não está tirando participação de exportação só do Brasil

Brasil caiu de 36% para 25% das importações argentinas, e China subiu de 5% em 2005 para 18% em fevereiro

RENATA AGOSTINI DE BRASÍLIA

Para o governo, o avanço da China no mercado argentino, maior destino dos manufaturados do Brasil, é uma realidade que o país terá de enfrentar daqui em diante.

"O advento da China como grande ator no comércio internacional é um fato, um dado da realidade. Desejamos sempre vender e comprar mais da Argentina, mas uma série de motivos faz com que a China entre nos mercados cada vez mais", afirmou à Folha o secretário de comércio exterior, Daniel Godinho, do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).

A participação do Brasil no mercado argentino ficou em 25% no primeiro bimestre. Há dez anos, era de 36%. Já a China terminou fevereiro com 18% de participação, ante 5% em 2005.

"Já tivemos um patamar maior, mas considero uma boa participação", disse Godinho, lembrando que o país segue com o posto de maior fornecedor de mercadorias aos argentinos.

Segundo ele, a China está tirando mercado "não só do Brasil". Ele afirmou que a perda de espaço ocorreu especialmente em 2012 devido a problemas comerciais pontuais como o término de contratos de aeronaves, a queda do preço do minério de ferro e a redução na produção de petróleo.

Neste ano, contudo, os fabricantes brasileiros voltaram a ter dificuldades. Até abril, a redução nas vendas chegou a US$ 1 bilhão --ou 20% em relação a 2013.

Além do desaquecimento da demanda interna, os importadores argentinos enfrentam dificuldade para ter acesso a dólares. O problema vem fazendo com que o governo brasileiro negocie medidas com a Argentina para destravar as vendas.

COOPERAÇÃO

O MDIC espera avançar neste ano em seu programa de facilitação de comércio e se prepara para dar auxílio técnico e até mesmo financeiro a países em desenvolvimento interessados em desenvolver sistemas como o "portal único", lançado no mês passado.

O país firmou acordo com o Fórum Econômico Mundial, que escolheu a plataforma brasileira como modelo.

Godinho afirma que já houve consultas de países africanos e asiáticos sobre a possibilidade de parceria. No ano passado, os países-membros da OMC (Organização Mundial do Comércio) se comprometeram a adotar medidas de simplificação do comércio exterior, mas muitos não têm estrutura para fazê-lo.


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