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Com alta de 0,2%, PIB europeu decepciona
Nem maior avanço em três anos da Alemanha foi suficiente para acelerar economia do bloco formado por 18 países
Forte desemprego e inflação baixa também aumentam a pressão por ação de estímulo pelo BC europeu
A zona do euro cresceu menos que o esperado no primeiro trimestre apesar da recuperação da Alemanha ter ajudado a compensar a queda na maior parte do bloco, aumentando a pressão para que o BCE (Banco Central Europeu) tome medidas para estimular a economia.
O PIB cresceu 0,2% no primeiro trimestre em relação aos últimos três meses do ano passado, quando houve avanço similar. A expectativa de economistas era de uma expansão de 0,4% da economia de janeiro a março.
O dado reforça a tendência de que o Banco Central Europeu deve buscar novas medidas de estímulo para a região.
O resultado se soma às preocupações da autoridade monetária em relação aos baixos níveis de inflação registrados nos últimos meses e o temor de que a região experimente deflação, o que agravaria o já lento ritmo de recuperação.
No trimestre, a Alemanha voltou a se destacar como motor do bloco. O crescimento de 0,8% foi o mais intenso em três anos, ajudado por um inverno menos rigoroso e o investimento elevado.
O desempenho geral dos países, contudo, ficou mais na ponta negativa, com Portugal (-0,7%) e Itália (-0,1%) em retração após trimestre anterior positivo. O PIB da França ficou estagnado.
A principal surpresa foi a Holanda, que sofreu um tombo de 1,4% devido ao investimento menor e à redução na produção de energia, em especial o gás natural.
Para os economistas, o dado do PIB mostrou uma evolução decepcionante da atividade na zona do euro e um sinal de que o bloco ainda está distante de alcançar uma recuperação sustentável.
O desemprego no bloco de 18 países que usam o euro como moeda continua alto, 11,8%, e o ritmo da retomada é insuficiente para reduzir substancialmente a dívida dos governos, um dos motivos que agravaram a crise.
Outro fator de preocupação é a inflação, de 0,7% em março no ritmo anual, com países como Grécia e Letônia enfrentando deflação. Essa desaceleração dos preços preocupa porque mostra que a demanda é fraca, com as empresas tendo que reduzir preços para atrair os consumidores disponíveis.