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Próxima safra de soja não pode usar ferrovia Norte-Sul em GO

Obra deve ser entregue, mas faltarão pátios para operação da via

DIMMI AMORA DE BRASÍLIA

O trecho da Ferrovia Norte-Sul ligando Tocantins a Goiás ficará pronto nos próximos meses, mas a próxima safra de grãos dessa região não terá como ser transportada pelos trilhos da ferrovia.

É o que declarou o presidente da ANTF (Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários), Rodrigo Vilaça, na apresentação do balanço do setor ferroviário de cargas do país em 2013, que teve alta de 2% na quantidade de produtos transportados em relação ao ano anterior.

Segundo Vilaça, mesmo que a obra seja entregue neste ano, vão faltar pátios e outros detalhes para que a carga possa usar a ferrovia.

O trecho da Norte-Sul entre Palmas (TO) e Anápolis (GO) tem 855 km e começou a ser construído em 2007. Ele chegou a ser "inaugurado" pelo ex-presidente Lula em 2010, mas as obras não estavam prontas. O seu custo está perto de R$ 4 bilhões.

Os atrasos foram causados por problemas com o projeto. O valor dos contratos com as empreiteiras não foi suficiente, mesmo com complementos, para fazer toda a ferrovia. Em 2011, a obra parou após denúncias de corrupção e novos contratos foram feitos.

Os números mais recentes apontam que 96% da obra já foi realizada. A Valec, que vai administrar a via, começou a receber nesta semana pedidos das empresas para utilizar a ferrovia.

A Ferrovia Norte-Sul ligará os dois extremos do país. Em Anápolis, ela se encontra com o trecho ferroviário já existente que vai para o Sudeste e o Sul do país.

Segundo Vilaça, da ANTF, o trecho acima de Palmas da ferrovia será mais demandado a partir da próxima safra porque dois novos pátios intermodais vão estar concluídos neste ano.

O agronegócio tem aumentado cada vez mais sua participação nas cargas transportadas por ferrovias. Segundo Vilaça, no ano passado, 35% da produção agrícola do país foi transportada por trens.

A esperança é que novas ferrovias em construção possam ficar prontas até 2016, fazendo com que o incremento na quantidade de carga transportada passe a ser, em média, de 5% ao ano.

"O aumento da safra de grãos nos induz a fazer mais investimentos", diz Vilaça.

Sobre as ferrovias que o governo planejava conceder no Programa de Investimento em Logística, Vilaça não acredita que possa haver neste ano algum dos 12 leilões que chegaram a ser anunciados.


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