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Para reduzir oposição da indústria, Dilma deve perenizar desoneração

Desconto em tributo sobre folha de pagamento venceria neste ano; anúncio deve ser feito quinta

Governo deve enviar texto com nova regra ao Congresso; objetivo é tentar se aproximar de empresariado

VALDO CRUZ DE BRASÍLIA

Em estratégia para se aproximar do empresariado, descontente com seu governo e de namoro com seus adversários na eleição deste ano, a presidente Dilma Rousseff deve atender pleito da indústria e tornar permanente a desoneração da folha de pagamento, que venceria este ano.

Em encontro com empresários do setor nesta quinta-feira (22), a presidente deve anunciar a medida, que já foi prometida ao varejo, segundo a Folha apurou.

O governo terá de enviar ao Congresso projeto com a proposta. Com isso, estará pondo em prática promessa feita no final do ano passado, mas ainda não oficializada.

Dilma vai se reunir com os dirigentes de entidades empresariais do Fórum Nacional da Indústria, da CNI, para discutir problemas do setor. Até terça (20), 35 empresários confirmaram presença.

O presidente da CNI, Robson Andrade, disse que a pauta detalhada que será apresentada no Palácio do Planalto vai ser definida em reunião do fórum na própria quinta-feira, antes da reunião com a presidente Dilma.

O governo está preocupado com o ritmo fraco da indústria, que está postergando investimentos diante da queda de atividade e incertezas neste ano eleitoral.

A indústria passa por um momento de recuo na produção, depois de ensaiar uma recuperação. Em março, segundo dados divulgados pelo IBGE, registrou queda de 0,5% ante fevereiro, ritmo ditado especialmente pela menor fabricação de veículos.

Em ano de eleição e criticada por dialogar pouco com o setor privado, Dilma está num trabalho de intensificar seus contatos com o empresariado --conselho dado, inclusive, pelo ex-presidente Lula, que costuma receber reclamações do setor.

Insatisfeitos com o estilo intervencionista da presidente, empresários têm se reunido com os dois principais adversários de Dilma na eleição, o tucano Aécio Neves e o pessebista Eduardo Campos.

Pesquisas internas, nos encontros, mostram que o empresariado prefere hoje Aécio ou Campos a Dilma Rousseff.

O fórum da CNI costuma se reunir a cada dois meses, em São Paulo, com todas as entidades de setores da indústria, como indústria automobilística, indústria pesada, eletroeletrônica, máquinas e equipamentos e química.

Além da desoneração permanente da folha, o empresariado quer que o governo destrave, de vez, o comércio com a Argentina. A medida é considerada vital para a indústria de manufaturados, principalmente a automobilística, que tem registrado queda de exportação por causa da crise no país vizinho.


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