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Mercado aberto
MARIA CRISTINA FRIAS cristina.frias@uol.com.br
Shopping pode proibir lojista de ter ponto na concorrência?
A incerteza de empresas em relação ao que é ou não aceito pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) na defesa da concorrência levou o Cedes (de estudos de direito econômico e social) a fazer propostas para a autarquia.
A recomendação da Superintendência Geral do Cade nesta semana de condenar dez shoppings e oito administradoras pela adoção de cláusula de raio territorial em contrato de locação com lojista é um exemplo.
A cláusula de raio proíbe lojas de terem unidades com o mesmo ramo de negócio descrito no contrato em estabelecimentos localizados a uma determinada distância. O Cade ainda emitirá uma decisão final.
"Há empresas que gostariam de cumprir as normas, mas é difícil analisar esses casos de exclusividade ", diz Paulo Furquim de Azevedo, coordenador do comitê científico da entidade.
"Uma grande rede de lanchonetes pode ter contrato de exclusividade com o distribuidor? Se for grande, poderá ser multada, apesar de a empresa considerar que se tratava de uma simples estratégia comercial", afirma.
O estudo elaborado por Marcos Paulo Veríssimo, que relata experiências brasileiras e estrangeiras de mecanismos de consulta de direito antitruste e faz sugestões de regulamentação, será lançado na semana que vem.
"A ideia é criar um dispositivo que dê alguma segurança à empresa, antes de fazer um contrato, para que não seja multada. Em casos de preço e desconto, o Cade tem tido atitude punitiva, e não preventiva como em fusões."
PRESTES A DECOLAR
A IRB, que detém as franquias da Pizza Hut na Grande São Paulo, quer ampliar sua atuação em aeroportos.
A rede tem autorização para abrir pontos em terminais de outras regiões do país.
Neste ano, serão abertos mais quatro restaurantes: dois em Viracopos, em Campinas (SP), um em Congonhas e um em Brasília.
Em Guarulhos, foram inauguradas duas unidades no novo terminal.
No aeroporto já funcionava o ponto da Pizza Hut que mais vende no mundo, segundo José Aguirre, principal executivo da IRB.
"O bom desempenho da marca no local nos encorajou a expandir esse modelo para outros aeroportos", afirma o diretor.
O investimento para a abertura de uma franquia da Pizza Hut em terminais varia entre R$ 2,5 milhões e R$ 3,5 milhões, de acordo com o tamanho. O aporte total poderá superar R$ 19 milhões.
"Em Congonhas, o restaurante terá cerca de 150 m² e atuação quase exclusiva na região do desembarque. Em Brasília, o desempenho esperado é semelhante ao de uma loja em um shopping de grande movimento."
As unidades em aeroportos servirão cardápios reduzidos, sem massas e sobremesas em grandes porções.
36
é o número de pontos em operação na Grande São Paulo
50%
é a participação da IRB no faturamento da marca no país
R$ 120 milhões
foi o faturamento da franqueada no ano passado
CHINA NOS PÉS
A marca chinesa de itens esportivos 361º Sport escolheu o Brasil para iniciar suas operações, a partir deste ano, fora do mercado asiático.
Dona de 8.000 pontos de vendas na Ásia, a marca prevê investir R$ 33 milhões no país para abrir dez escritórios, uma central localizada em Novo Hamburgo (RS) e divulgar produtos.
Será colocada à venda no país, a partir de julho, uma coleção com 150 modelos de tênis feitos pela empresa.
"O Brasil é estratégico pelo tamanho e pela proximidade com outros mercados que consomem materiais esportivos", aponta Sérgio Baccaro, CEO da marca no país.
A realização da Olimpíada do Rio, em 2016, também atraiu a atenção dos chineses, afirma Baccaro.
A marca planeja instalar uma fábrica no Brasil, mas não estabeleceu um prazo para o início das obras.
Compras... O comércio eletrônico de pequenas e médias empresas deverá crescer 43% em 2014, segundo a ABComm (associação do setor).
...na tela A estimativa é que o faturamento atinja R$ 7,1 bilhões neste ano. Em 2013, o total foi de R$ 4,9 bilhões, segundo a entidade.
Cosmético... O IBD, de certificação de orgânicos, fechou parceria com a Natrue, associação de cosméticos naturais sediada em Bruxelas.
...avaliado Pelo acordo, as entidades terão reconhecimento mútuo: produtos certificados pelo órgão brasileiro poderão usar o selo internacional.