Folha de S.Paulo

Mercado aberto

Com R$ 330 mi, grupo terá depósitos para locação

A Goodstorage, especializada em locação de depósitos temporários, planeja a abertura de 20 novos complexos de armazenagem, sobretudo na cidade de São Paulo.

Oito serão concluídos neste ano e os demais até julho de 2016, com um investimento total de US$ 150 milhões (cerca de R$ 330 milhões).

Criada no final do ano passado, a empresa foi capitalizada pela gestora brasileira de private equity HSI (Hemisfério Sul Investimentos) e pelo fundo global de investimentos Evergreen, que se tornaram sócios do negócio.

Cada empreendimento terá um conjunto de boxes que poderão ser locados por empresas ou pessoas físicas para a guarda de bens.

"É um segmento ainda pouco explorado no Brasil, com muito espaço para crescer", diz Thiago Cordeiro, CEO e sócio da Goodstorage.

O primeiro armazém ficará na zona norte de São Paulo, com 500 boxes de 1,5 m² a 35 m². Outro, com 600 unidades, será na avenida do Estado, na região central da cidade.

"Nosso foco inicial de atuação é São Paulo, mas há interesse nas principais capitais brasileiras", afirma.

De início, a demanda pelo serviço deverá ser equilibrada entre pessoas físicas e jurídicas, segundo o executivo.

Entre as empresas, a aposta será em comércios que precisam de espaços para estoques e prestadores de serviços. "Há o caso de escritórios de advocacia, que têm de manter por até dez anos os documentos de processos."

Clientes que necessitam guardar os móveis, por exemplo, por causa de mudança ou temporada fora do país, serão outro alvo do grupo.

departamento de viagens

Com o objetivo de atender principalmente a classe C, a rede catarinense de lojas de departamentos Havan desenvolve um projeto-piloto para instalar agências de viagens em suas unidades.

Quatro lojas da companhia já têm um ponto da Havan Viagens (a matriz, em Brusque, e filiais de Curitiba, Itajaí e Jaraguá do Sul). O objetivo, no entanto, é que todas ofereçam o serviço.

"Por enquanto, estamos em um período de testes. Quando o site entrar no ar, o que deve ocorrer em até três meses, deveremos expandir nossa atuação", afirma o coordenador do projeto, Rafael Clasen Schlindwein.

A implantação das estruturas de atendimento será gradual e não há previsão de quando todas as lojas da rede contarão com elas.

"Vamos aguardar para ver como o público reagirá ao site", diz o executivo, que acrescenta que será possível comprar pacotes on-line.

Há previsões para que unidades em Florianópolis e em Blumenau recebam o serviço até o fim deste ano.

A empresa vinha estudando a entrada no segmento desde junho de 2012.

números

67
é o atual número de lojas da rede em SC, PR, SP, MG, MT, MS, GO, TO, RO e PA

R$ 2 bilhões
foi o faturamento aproximado da empresa em 2012; desde então, não foram divulgados valores

ÁGUA E SABÃO

A indústria brasileira de produtos de limpeza faturou US$ 7,8 bilhões em 2013 (aproximadamente R$ 15,5 bilhões), segundo balanço recém-concluído da Abipla (entidade de fabricantes).

O setor cresceu 4,4% em relação ao ano anterior. Com o resultado, o país se manteve entre os quatro maiores mercados, atrás de Estados Unidos, China e Japão.

A balança comercial, no entanto, teve saldo negativo de US$ 451,5 milhões, uma alta no deficit de 34,8%, na comparação com 2012.

"O setor é um dos poucos que pode produzir itens com fórmulas mais concentradas e com isso ter maior valor agregado", afirma Maria Eugênia Saldanha, presidente-executiva da associação.

Com a nova composição, que prevê menos água, a entidade espera ganhos com custos de frete, logística e embalagens mais compactas.

"O segmento de cuidados com a roupa, que representa 40% do faturamento, pode ser totalmente concentrado. A parte de produtos para o lar também pode passar pela reformulação, com restrições, a exemplo da água sanitária."

QUEDA NAS EXPECTATIVAS

O nível de emprego na construção civil do país permaneceu praticamente estável em abril, com expansão de 0,14% na comparação com março.

O dado é de pesquisa da FGV e do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo).

"Embora não haja uma queda, o avanço é muito pequeno. O ambiente de negócios é ruim, o crescimento econômico brasileiro é baixo e o mercado está pessimista", diz Sergio Watanabe, presidente do sindicato.

"A expectativa do início do ano para o crescimento do PIB do setor não poderá se confirmar. Estamos diminuindo de 2,8% para um número entre 1% e 2%."

O Nordeste foi a região do país com pior desempenho em abril. Foram fechadas 3.957 vagas --queda de 0,52%. O Centro-Oeste teve o melhor resultado, com a abertura de 2.813 postos --alta de 0,95%.

PARA-RAIOS NA BAHIA

A Qualitrafo, empresa mineira de equipamentos elétricos, vai construir uma nova fábrica na Bahia.

A planta, que será erguida na cidade de Irará (a 130 quilômetros de Salvador), vai produzir para-raios de média tensão para proteção a redes de distribuição elétrica.

"Escolhemos o Nordeste para a fabricação desse produto porque é uma região que tem recebido vários investimentos em infraestrutura energética", diz José Gilberto Melo, sócio da empresa.

O aporte será de aproximadamente R$ 25 milhões. Parte dos recursos deverá vir de financiamento, de acordo com o empresário.

O grupo planeja iniciar a produção em uma linha de testes ainda neste ano, com o objetivo de entrar em operação comercial em 2015.

Em seguida, a fabricação será diversificada com outros equipamentos. A empresa tem hoje duas plantas, em Guaxupé (MG) e Aracaju (SE), onde faz itens como reatores para iluminação pública.

NÚMEROS

8.000 M²
será a área de produção da nova fábrica que será construída pelo grupo na Bahia

10 MIL
é o número de para-raios que serão fabricados por mês pela empresa a partir de 2015

Projeto... A fabricante de papel-cartão Ibema investirá R$ 15 milhões no aprimoramento de produtos e serviços. A estimativa para este ano é produzir 92 mil toneladas.

...no papel A empresa pretende expandir em cerca de 30% as vendas para o mercado europeu, que representa 25% de seu faturamento, em especial Portugal e Espanha.

Tendência... Após estagnação nas expectativas econômicas para os últimos três meses, o consumidor alemão se mostra mais confiante em maio, segundo estudo da GfK.

...crescente O indicador subiu 6,4 pontos e chegou a 38,5 no mês. O índice varia em uma escala que vai de -100 a 100 --quanto mais alto o número, maior é a confiança.