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Campeão da Copa ganha estímulo na Bolsa
Em média, mercado de país vencedor sobe 3,5% mais que o global, diz banco
Segundo levantamento do Goldman Sachs, sediar o torneio também costuma turbinar Bolsa local
Vencer a Copa do Mundo traz ao país campeão muito mais do que prestígio. Segundo um relatório do banco Goldman Sachs divulgado nesta terça-feira (27), o país vencedor vê seu desempenho no mercado de ações melhorar de forma considerável no mês que segue a vitória.
Um levantamento feito pelo banco mostra que, em média, esses países têm um desempenho 3,5% superior ao mercado global no primeiro mês após a final. Os dados foram levantados desde 1974, e desconsideram a Argentina (campeã em 1978 e 1986).
A Itália, que tinha uma queda de 0,7% um mês antes da decisão de 2006, viu seu desempenho subir para 0,5% um mês depois de seu time levantar a taça.
O mesmo aconteceu com a França em 1998: -1,3% e 0,7%, respectivamente.
O desempenho do Brasil após o "tetra", em 1994, é o que mais surpreende: de 9,6% antes da Copa para 21,1% no mês que se seguiu à vitória. Nesse período houve a implantação do Plano Real.
Ao contrário do que foi visto com outros campeões, o Brasil de 1994 ainda conseguiu segurar o bom humor dos mercados nos três meses seguintes, subindo 37,9%.
No entanto, o mesmo não ocorreu com o Brasil do "penta", em 2002. No mês seguinte à vitória, o desempenho do país foi de -18,9%, comparado aos -13% do mês anterior. "Nesse caso, em particular, macroeventos [recessão e crise cambial] ofuscaram o impacto da vitória no futebol", diz o relatório.
Para o Brasil, contudo, só o fato de sediar a Copa já pode influenciar positivamente, diz o Goldman sachs. Em média, as nações que receberam o Mundial registraram uma variação de 2,7% em relação ao mercado global no mês seguinte ao fim da Copa.
"O foco no anfitrião tende a trazer com ele tanto orgulho quanto confiança." (IF)