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Investigação de fraudes do BVA vai para Justiça

Ministério Público deve entrar com ação contra ex-diretores do banco

BC apontou falhas administrativas e supostos crimes, que levaram a um prejuízo de R$ 1,6 bilhão

DE SÃO PAULO

O Ministério Público de São Paulo deve entrar com uma ação na segunda-feira (2) contra 15 ex-administradores do Banco BVA, que está em processo de liquidação.

Os ex-executivos são acusados pelo Banco Central de fraudes contábeis, desvios de recursos e outros crimes na gestão do banco, que levaram a um prejuízo estimado em R$ 1,6 bilhão. No dia da intervenção, em 19 de outubro de 2012, os auditores só encontraram R$ 1,8 bilhão no caixa. Pelo balanço, deveria haver R$ 4,8 bilhões.

No inquérito, os suspeitos negam as acusações do BC e dizem que tiveram sua defesa obstruída.

As falhas administrativas serão objeto de ação do Ministério Público estadual.

Já as ações referentes às práticas de crimes ficam a cargo do Ministério Público Federal de São Paulo.

RELÂMPAGO

A história do BVA sempre chamou a atenção do mercado pela velocidade de sua expansão. Segundo seus balanços, os ativos do banco aumentaram 17 vezes em seis anos: de R$ 430 milhões, em junho de 2006, para R$ 8 bilhões, em junho de 2012.

Nenhum outro, dentro de seu segmento, cresceu tanto.

No relatório final, que serviu de base para as ações públicas, o BC afirmou que, para atingir esses resultados, o BVA concedeu empréstimos a clientes sem capacidade de pagamento, com garantias inadequadas, cobrando taxas acima da média do mercado.

Ainda segundo o BC, os responsáveis pelo BVA teriam desviado R$ 224 milhões entre 2009 e 2012. Esse dinheiro saiu do banco, passou por empresas que supostamente prestaram serviço ao BVA, e, depois, foi parar em contas ou empresas ligadas aos ex-diretores do banco.

O BC disse ainda ter detectado "operações temerárias" de fundos de pensão de grandes estatais e de prefeituras --responsáveis por boa parte da captação de recursos do banco, principalmente às vésperas da intervenção.


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