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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Mesmo com safra, preço do arroz sobe em RS

Os produtores brasileiros adotam cada vez mais políticas de comercialização que evitam o gargalo dos preços baixos no pós-safra. Um setor que tem obtido resultado é o dos arrozeiros.

A safra caminha para o final no Rio Grande do Sul, principal Estado produtor brasileiro, e os preços, que tradicionalmente recuavam neste período do ano, estão em alta. Isso já havia ocorrido no ano passado.

A primeira saída do setor foi a busca do mercado externo. Sem muita tradição no exterior no início, o produto era dirigido para complementar importações de países africanos. Atualmente, a qualidade do arroz do Brasil permitiu uma diversificação das exportações, inclusive para os principais mercados importadores.

Uma outra tática dos produtores gaúchos para segurar os preços do cereal em plena safra foi a utilização de parte da área de arroz --atualmente 300 mil hectares-- com o plantio de soja.

A liquidez da soja faz com que os produtores comercializem primeiro a oleaginosa, parcelando as vendas do arroz durante o ano.

O resultado é que em maio de 2011 os produtores recebiam R$ 19,54 por saca, em média, aponta pesquisa da Folha. No ano seguinte, a saca foi a R$ 27,67, subindo para R$ 32,83 em maio de 2013. Neste ano, está em R$ 36.

A participação no mercado externo, para onde deve ir 1,3 milhão de toneladas neste ano, e a oferta interna ajustada com o consumo foram importantes para essa manutenção de preços, segundo Claudio Pereira, presidente do Irga (Instituto Rio Grandense do Arroz).

Pereira destaca, ainda, a política do governo estadual do Rio Grande do Sul, que ampliou os créditos presumidos para as indústrias que beneficiem pelo menos 90% de arroz proveniente do Estado. Com isso, houve queda nas importações do Mercosul.

A safra gaúcha deve ficar em 8,2 milhões de toneladas neste ano, 200 mil toneladas mais que em 2013. Esse volume poderia ter sido maior se não fossem os problemas climáticos vividos pelo setor no início do plantio e no desenvolvimento das lavouras.

A produtividade média deverá recuar para 7.300 quilos por hectare, abaixo dos 7.500 a 8.000 quilos obtidos nos últimos anos. A produção cresce devido ao aumento da área semeada para 1,1 milhão de hectares.

Bom para o produtor O aumento de biodiesel ao diesel dará mais sustentação ao preço da soja, segundo a Aprosoja-MT (associação de produtores). A soja é a matéria-prima básica na produção de biodiesel no país.

Importância O aumento de mistura é importante porque a soja fica no mercado interno, elevando a capacidade industrial das indústrias brasileiras, além de gerar emprego, segundo a Aprosoja.

Mais que o boi A arroba de cordeiro está a R$ 184 no Estado de São Paulo, e a indústria tem dificuldade para encontrar animais prontos para o abate. Esse valor supera os R$ 120 pagos pela arroba de boi gordo.

Qualidade Para o produtor Paulo Franzine, os investimentos realizados dentro da porteira no melhoramento genético do plantel elevaram a qualidade do produto brasileiro.

algodão

Custos de produção podem superar receitas

O custo de produção do algodão poderá superar a receita em 2014/15. Para o Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária), o custo médio de Mato Grosso será de R$ 6.796 por hectare. Considerados uma produtividade de cem arrobas por hectare e o valor do contrato de julho de 2015 em Nova York, as receitas perdem dos custos.

DE OLHO NO PREÇO

cotações

Soja

Milho
(US$ por bushel)4,73

Trigo
(US$ por bushel)6,39

Londres

Zinco
(US$ por tonelada)2.090

Petróleo
(US$ por barril)109,81


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