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Dólar tem maior alta em mais de 6 meses

Dúvida sobre continuidade de atuação do Banco Central no mercado de câmbio influenciou escalada de 1,33%

Moeda à vista terminou dia cotada em R$ 2,269, maior valor desde 3 de abril; oferta do BC pode cair mais neste mês

ANDERSON FIGO DE SÃO PAULO

Dúvidas dos investidores em relação ao futuro das intervenções do Banco Central no mercado de câmbio levaram o dólar ao seu maior avanço diário em mais de seis meses nesta segunda (2).

O dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou o dia com valorização de 1,33% sobre o real, cotado em R$ 2,269 na venda.

Foi a maior alta diária desde 21 de novembro de 2013 e a moeda atingiu a sua maior cotação desde 3 de abril deste ano, quando valia R$ 2,278.

O dólar comercial, usado no comércio exterior, teve alta de 1,6% nesta segunda, para R$ 2,277 --maior valor desde os R$ 2,282 de 3 de abril.

A avaliação de operadores consultados pela Folha é a de que os investidores podem não estar mais vendo sentido, no cenário atual, na continuidade das intervenções do BC no mercado de câmbio --pelo menos na mesma proporção que tem feito desde o final do ano passado.

"O BC já parou de subir os juros e a economia americana segue se recuperando. Isso configura um cenário de pressão no câmbio", diz Fernando Bergallo, gerente de câmbio da corretora TOV.

Ele lembra que as interferências do BC começaram quando o dólar bateu os R$ 2,40. Agora, a moeda está abaixo de R$ 2,30. "O mercado percebe que não faz sentido manter essas atuações. Segurar a alta é ruim para a indústria exportadora."

Em agosto de 2013, após o dólar à vista ter batido R$ 2,43 na venda, o BC iniciou programa de leilões de swap cambial --equivalem a uma venda futura de dólares.

A princípio, o BC brasileiro oferecia US$ 3 bilhões por semana, mas reduziu a oferta a US$ 1 bilhão no final de 2013, após a decisão do banco central dos EUA de cortar gradualmente os estímulos à economia norte-americana.

ROLAGENS

Adicionalmente, a autoridade atua por meio da rolagem dos vencimentos de contratos de swaps mensalmente. Essa rolagem vem diminuindo desde abril, o que, para operadores, corrobora a expectativa de que o BC possa parar de atuar no câmbio no médio prazo.

Em maio, o BC rolou cerca de 50% do volume de swaps com vencimento para 2 de junho. No mês anterior, a rolagem havia ficado em torno de 75% e, no primeiro trimestre, o BC costumava rolar 100% dos contratos de cada vencimento.

Nesta segunda (2), o BC começou a rolar contratos de swap que venceriam em 1º de julho. A autoridade vendeu todos os 5.000 papéis oferecidos, por US$ 247,5 milhões.

Caso mantenha esse ritmo, no final do mês o BC terá rolado pouco menos de 50% do lote todo, pois não haverá leilão nos feriados de Corpus Christi e do dia 12, devido ao jogo de abertura da Copa-14.


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