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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Cai interesse por agricultura com menos emissões

O programa ABC do governo --voltado à agricultura de baixa emissão de carbono-- estagnou neste ano. Apesar do volume recorde destinado aos produtores, a procura por esse crédito está em ritmo menor do que em 2013.

Os produtores têm R$ 4,5 bilhões disponíveis na safra 2013/14. Até abril --dois meses antes do término da mesma--, a aplicação se restringia a 53% do total.

Na safra passada, quando o volume de crédito foi de R$ 3,4 bilhões, o desembolso pelos agentes financiadores atingiu 83% do total colocado à disposição.

O crédito do programa ABC visa produzir a transição da agricultura convencional para um modelo de produção que minimize as emissões de gases do efeito estufa.

A constatação desse recuo é de pesquisadores do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas para o Observatório ABC, cujo objetivo é buscar uma integração da sociedade nessa transição.

O crédito é importante para o produtor rural acelerar os investimentos necessários à incorporação de alternativas tecnológicas de baixa emissão de carbono no processo produtivo.

Os analistas do Observatório ABC consideram que a redução da adesão nesta safra se deve à taxa de juros, que está em 5%, acima de outros programas do governo.

Além disso, as exigências para a obtenção desse crédito estão afastando parte dos produtores do projeto. A falta de assistência técnica e problemas fundiários, principalmente no Norte e no Nordeste, também são empecilhos, segundo analistas.

O maior desembolso foi para o Centro-Oeste, que ficou com R$ 885 milhões, um pouco acima dos R$ 802 milhões do Sudeste. O Estado que mais captou foi Minas Gerais --18% do total--, seguido de Goiás, 15%.

Os setores que mais utilizaram crédito do programa ABC nesta safra foram recuperação de pastagens (R$ 109,8 milhões), plantio direto (R$ 20,5 milhões) e plantio de florestas (9,5 milhões).

Para Angelo Gurgel, do Observatório ABC, um dos pontos positivos nesta safra é o aumento na transparên- cia e na disponibilidades das informações.

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Subsídios Estudo do Agroicone para a CNA aponta que os subsídios agrícolas dos EUA estão concentrados em poucos produtos: milho, soja, algodão, arroz e trigo.

Preocupação Esse subsídio poderá pressionar os preços internacionais. Diante disso, o embaixador Clodoaldo Hugueney, consultor da CNA, avalia que o Brasil pode mostrar aos EUA que está atento ao processo de implementação dessa política.

OMC A preocupação do Brasil pode ser manifestada em consultas entre os dois governos, mas há, ainda, a possibilidade de rodadas de negociações com os países do G20 na sede da OMC (Organização Mundial do Comércio), apontou Hugueney.

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ALUMÍNIO
+1,78%D
Ontem, em Londres

MILHO
-1,59%E
Ontem, em Chicago

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Usinas podem ter nova onda de fusões e aquisições

A recuperação dos preços do açúcar no mercado externo, a partir do segundo semestre, e o maior consumo de etanol no país podem favorecer uma onda de fusões e aquisições no setor sucroalcooleiro. A avaliação é de Julio Maria Borges, da Job Economia e Planejamento.

Usinas em recuperação judicial e que encerraram atividades recentemente serão alvos de compra nos próximos anos. "Isso ainda não aconteceu por causa das incertezas que rondam o mercado."

Neste momento, o clima é de cautela. Segundo Borges, as usinas estão trabalhando para reduzir custos, operar em plena capacidade e escolher o mix de produção mais favorável à rentabilidade das operações, incluindo a cogeração de energia, que apresentou bom retorno em 2014.


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