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BC critica contratação milionária de advogados

De 2008 a 2013, Rural pagou, a 15 escritórios diferentes, R$ 46,9 mi

Relatório "não lança dúvidas" sobre as bancas, mas sobre atos de administradores do banco em dificuldades

DE BRASÍLIA

Na sua necropsia das contas do banco Rural, o Banco Central questiona como um banco falimentar gastou milhões na contratação de advogados estrelados para a defesa de seus executivos enrolados no caso do mensalão.

"A Comissão de Inquérito entende não ser razoável que um banco que vinha apresentando crônicos problemas para gerar resultados operacionais se pudesse dar ao luxo de colocar à disposição de seus antigos administradores e acionistas as mais prestigiadas bancas advocatícias do país, pagando-lhes elevados honorários".

De 2008 a 2013, o Rural pagou R$ 46,9 milhões a 15 escritórios diferentes, cinco deles sem contrato e com notas fiscais vagas, afirma o BC.

Os maiores valores (R$ 26,7 milhões) foram gastos para bancar a defesa dos executivos ligados ao banco no julgamento do mensalão. Quatro ex-dirigentes deles tiveram de responder ao processo, três acabaram condenados e hoje estão presos.

O maior beneficiário foi Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça que atuou na defesa de diversos administradores do Rural, com R$ 16 milhões recebidos.

O BC pontua que "não se lançam dúvidas sobre a legitimidade ou a qualidade dos serviços prestados", mas sustenta que os dispêndios foram temerários para a saúde financeira da instituição.

"Eles apontam como um defeito não dos advogados, mas dos clientes. Não me diz respeito, profissionalmente", disse Thomaz Bastos.

O BC questiona ainda o descontrole sobre as despesas. A banca Campos Júnior, Pires & Pacheco Advogados, que também atuou no caso do mensalão, começou a receber antes mesmo de firmar contrato e levou no total R$ 9,4 milhões, R$ 3,3 milhões acima do que fora acordado.


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