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Vaivém das commodities
MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br
Programa de armazenagem é paliativo, diz banco
O aumento de produção e a logística deficitária elevam a necessidade de uma ampliação da armazenagem, uma das preocupações do governo nos mais recentes planos agrícolas divulgados.
A disponibilidade de crédito de R$ 25 bilhões para a armazenagem ajuda o setor a melhorar um dos principais gargalos da produção.
Mas a evolução da armazenagem gerada por esses investimentos pode se tornar apenas um paliativo no curto prazo, avalia o Rabobank, instituição financeira especializada no agronegócio.
Ao lançar o programa de expansão de armazenagem, em 2013, o governo estimou um avanço de 60 milhões a 70 milhões de toneladas na capacidade.
Com isso, o país alcançaria de 205 milhões a 215 milhões de toneladas em capacidade estática em 2018. É um bom avanço, mas a produção de soja e de milho deverá crescer 27% nos próximos anos, segundo estimativas do banco.
Se confirmada essa estimativa, a produção desses dois itens subiria dos atuais 160 milhões de toneladas para 210 milhões em 2023.
Os analistas do banco dizem, ainda, que parte dos investimentos será destinada à reforma de armazéns, e não ao aumento de capacidade.
Na avaliação do Rabobank, os recursos anunciados devem ser insuficientes em relação à expectativa do crescimento de produção de grãos.
A armazenagem insuficiente e a necessidade de escoamento da safra no período de colheita continuam afetando o bolso do produtor.
Os números de Mato Grosso confirmam essa tese, segundo o banco. No período de safra, em março, os preços praticados no Estado têm queda de 26% em relação aos da Bolsa de Chicago. Em outubro, na entressafra, essa queda é de apenas 7%.
Portanto, a falta de armazenagem provoca não ape- nas longas filas nos portos mas enormes perdas nas receitas potenciais dos produtores, apontam os analistas do Rabobank.
SILOS DE PLÁTICOS
A dificuldade em armazenagem faz o produtor buscar silos-bolsas de polietileno. A Braskem e a Pacific Brasil estimam aumento de 35% nas vendas desses silos neste ano, uma evolução que se segue ao crescimento de 70% em 2013 e de 43% em 2012.
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Incertezas Ainda há muitas incertezas quanto ao tamanho da quebra da safra de cana-de-açúcar, assunto do momento no setor, segundo Julio Maria Borges, da Job Economia e Planejamento.
Volume Como o percentual de perdas varia muito de acordo com a região, há dificuldades para estimar o volume a ser processado na região Centro-Sul, afirma.
São Paulo Para Borges, só no Estado de São Paulo as perdas variam de 5% a 15%. "A única certeza é a de que haverá quebra", afirma.
Recuperação Milho e trigo subiram nesta sexta (6) em Chicago. Apesar da alta, os preços desta semana são inferiores aos da anterior.
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CAFÉ
+1,74%D
Ontem, em Nova York
NÍQUEL
-2,84%E
Ontem, em Londres
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Etanol amplia vantagem sobre gasolina em São Paulo
O preço do etanol começa a cair com mais força nos postos da cidade de São Paulo. Pesquisa da Folha indicou valor médio de R$ 1,916 por litro nesta semana, 2,3% abaixo do valor praticado na anterior. Nos últimos 30 dias, o álcool acumula queda de 6,9% nos postos de abastecimento da cidade.
Já a gasolina teve queda de apenas 0,28% na semana, e o preço médio desses combustível caiu para R$ 2,897 em São Paulo.
Com a queda desta semana, o etanol passou a valer 66% da gasolina. Pesquisas indicam que uma paridade de 70% ou menos dá vantagem ao álcool, em relação à gasolina.
A queda nos postos acompanha recuo de preços nas usinas, devido ao avanço da nova safra. O etanol é sendo negociado a R$ 1,15 por litro em Paulínia, aponta o Cepea.