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Celular na África avança e vira chance de negócio

Aparelho é principal meio de acesso a web

DAVID SMITH DO "GUARDIAN"

A pretensão africana de ser o "continente móvel" nunca esteve tão forte, com pesquisas apontando que o uso da internet na região por meio de aparelhos de telefone celular vai crescer 20 vezes nos próximos cinco anos --o dobro do ritmo de expansão do resto do mundo.

Na África, as pessoas usam o celular para atividades on-line que em outros lugares são resolvidas por meio de laptops ou PCs, como um modo de superar a infraestrutura deficiente ou não existente.

A queda no preço dos aparelhos e também dos pacotes de transmissão de dados, ao lado do aumento da velocidade da internet, possibilitou que serviços de transferência de dinheiro (junto com Facebook e Twitter) chegassem a áreas remotas.

"A África subsaariana está vivendo neste momento uma revolução digital móvel, com consumidores, redes e até empresas de mídia acordando para as possibilidades criadas pelas tecnologias 3G e 4G", afirmou Fredrik Jejdling, chefe da Ericsson para a região.

"Nós tínhamos notado o surgimento dessa tendência nos últimos anos, mas, de 12 meses para cá, o tráfego digital tem crescido acima de 100%, o que nos obrigou a revisar nossas previsões."

APARELHOS BARATOS

Em cinco anos, segundo pesquisas, o tráfego de voz na África subsaariana vai dobrar e haverá uma explosão em dados móveis, com o uso crescendo 20 vezes entre 2013 e 2019. Até o fim de ano, espera-se que existam 635 milhões de assinantes de celular na região, número que deve chegar a aproximadamente 930 milhões em 2019.

O crescimento é atribuído ao avanço das mídias sociais, aplicativos ricos em conteúdo e vídeos que podem ser acessados por smartphones que custam menos de £ 30 (cerca de R$ 110).

"O comércio por aparelhos móveis oferece oportunidades intermináveis para empreendedores. Nós descobrimos, por exemplo, que fazendeiros adoram usar o celular como meio de pagamento", disse Jejdling, da Ericsson.

INFRAESTRUTURA FRACA

Os aparelhos móveis têm tido um impacto ímpar na África porque o continente sofre com a falta de acesso confiável a eletricidade e com dificuldades para se conectar à internet em residências.

Segundo pesquisa, 70% dos usuários navegaram pela internet por meio de aparelhos móveis, ante 6% que usaram PCs.

Uma das vantagens para os consumidores é que eles puderam, por exemplo, usar o banco on-line, reduzindo a necessidade de viagens para ir a uma agência bancária.

Serviços como o aplicativo MedAfrica (que fornece informações básicas sobre saúde e medicina) também possibilitaram que as pessoas diminuíssem as viagens para visitar um médico.


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