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'DR' pré-nupcial precisa falar de dinheiro

Temas financeiros como conta conjunta, dívidas e investimentos têm de ser abordados por quem quer morar junto

Para especialistas, assunto é tão tabu como sexo, mas falar dele pode salvar relacionamento

DANIELLE BRANT FABÍOLA SALANI DE SÃO PAULO

Falar de finanças pessoais antes do casamento pode fazer a diferença entre o "felizes para sempre" e o "até que o dinheiro os separe". O diálogo vale a pena para quem ainda não casou e também para aqueles que já juntaram as escovas de dente.

"Desde o início do relacionamento a pessoa já consegue ter uma ideia de como o parceiro lida com finanças", diz a psicóloga Cleide M. Bartholi Guimarães, especialista em terapia de casal com foco em finanças e autora do livro "Até Que o Dinheiro nos Separe" (Editora Saraiva).

"Quando se vai partir para uma relação mais consolidada, é mesmo hora de falar", afirma. "O tema [dinheiro] é difícil de abordar, é tabu como o sexo", declara.

Mas essa conversa pode salvar a relação, afirma a planejadora financeira Licelys Marques. "Há muitas separações que acontecem por divergência sobre dinheiro. Não pode deixar a coisa desandar para começar a conversar sobre isso", diz. Segundo ela, entre os assuntos que precisam ser tratados estão despesas, investimentos e conta-corrente conjunta.

Optar por uma conta conjunta, por exemplo, pode ser uma alternativa para aumentar o controle sobre entradas e saídas de recursos, afirma o especialista em finanças pessoais André Massaro.

"Tratar as finanças do casal como se fossem um caixa único é mais eficiente, pois reduz os gastos com tarifa bancária. Na prática, porém, alguns casais não digerem bem a falta de autonomia financeira", avalia. Isso se traduz em questionamentos sobre despesas corriqueiras feitas na conta conjunta, como roupas ou saídas com os amigos, e que podem deixar a relação estremecida.

Esse mesmo estresse pode ser minimizado ao se definir, de antemão, quais contas cada um vai pagar. Para a consultora financeira Aline Rabelo, a decisão depende de cada casal: dividir as despesas igual ou proporcionalmente ao salário de cada um.

Na vida a dois também é preciso estabelecer uma rotina de investimentos para alcançar objetivos de curto, médio e longo prazos. Nessa hora, muitos casais descobrem diferenças sobre o tema.

Esse não é um problema para a consultora de marketing e branding Carolina Macea, 30, e o administrador de empresas Guilherme Meirelles, 32. Ambos montaram, juntos, uma carteira de aplicações que concilia investimentos mais conservadores --Carolina não gosta de se expor muito à renda variável-- e uma parte em ações --influência de Meirelles.


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