Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria
Multinacionais veem alta de atividade no longo prazo
Para companhias, falta de infraestrutura brasileira cria oportunidades
Gigante de logística GLP concentra 29% de sua carteira no país; fornecedora de software cresceu 40%
Apesar da desaceleração da economia brasileira nos últimos anos, multinacionais continuam a estabelecer metas ambiciosas para o país.
A SAP, da Alemanha, informou que as vendas de seu software de gestão cresceram em 40% no Brasil no ano passado. A Global Logistics Properties, maior provedora asiática de instalações logísticas, planeja novos projetos este ano que equivalem a 29% de sua carteira.
"Boa parte de nosso crescimento aconteceu porque mantivemos o foco nas regiões que não estavam sendo atendidas", disse Diego Dzodan, presidente da SAP para a América Latina e o Caribe. O rápido crescimento da classe média baixa brasileira nos últimos dez anos e um boom no Norte e Nordeste, regiões mais pobres, continuam a criar oportunidades.
Em março, a seguradora American International Group (AIG) anunciou crescimento de 40% em seu faturamento no Brasil este ano. A americana quer fazer do Brasil um de seus cinco maiores mercados mundiais, até 2017.
A Anheuser-Busch InBev, maior fabricante mundial de cerveja, em fevereiro previu que voltaria a crescer no país.
O investimento externo, como um todo, era de US$ 64,5 bilhões no final de abril, semelhante a seus picos dos últimos cinco anos.
"Gostamos do Brasil no longo prazo", disse Jeffrey Schwartz, co-fundador da Global Logistics Properties, na qual o grupo de investimento GIC, de Cingapura, tem participação de 28%.
Schwartz disse que o espaço de distribuição disponível, per capita, é menos de um décimo do americano.