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País perde até US$ 8 bi com crime cibernético

No mundo, prejuízos com hackers, desvios e espionagem somaram US$ 445 bi em 2013, de acordo com estudo

Pesquisa mundial será divulgada hoje e incluiu pela 1ª vez o Brasil; dados brasileiros têm confiabilidade média

TONI SCIARRETTA DE SÃO PAULO

O Brasil perdeu entre US$ 7 bilhões e US$ 8 bilhões em 2013 com ataque de hacker, roubos de senha, clonagem de cartões, pirataria virtual, além de espionagem industrial e governamental, entre outros crimes cibernéticos.

Trata-se de 0,32% do PIB brasileiro e o equivalente a quase dois terços do lucro da Petrobras em 2013.

São crimes arquitetados por quadrilhas internacionais, que contratam hackers e engenheiros para atacar as áreas vulneráveis do comércio internacional, transferência de valores e produção de tecnologia. Os dados roubados são comercializados na chamada Deepweb --face negra da internet, não navegável pelos browsers comuns.

No mundo, esses prejuízos atingiram no ano passado entre US$ 375 bilhões e US$ 575 bilhões aproximadamente, incluindo tanto as perdas quanto os gastos para recuperação de ataques.

A estimativa faz parte de uma pesquisa mundial feita pela McAfee, empresa de segurança eletrônica do grupo Intel, que será divulgada hoje. Pela primeira vez a pesquisa incluiu o Brasil, país que vem despertando a cobiça da máfia cibernética internacional junto com a pujança das indústrias financeira, de commodities e de óleo e gás.

Os países com as maiores perdas são a Alemanha (1,6% do PIB) e a Holanda (1,5%). EUA e China tiveram perdas de 0,64% e 0,63%.

Criticada por omissão à pirataria cibernética, a China é hoje um dos países com os dados mais confiáveis do mundo, reunidos e divulgados pelo governo, segundo a McAfee. "A China mostrou que também é vítima", disse José Matias, da McAfee.

Os dados brasileiros são considerados de confiabilidade média porque não há regras que incentivem a contabilização e a divulgação. "Devem ser bem maiores", disse.

"Cinco por cento das empresas brasileiras já sofreram algum tipo de ataque cibernético", disse Marcos Tupinanbá, especialista em segurança eletrônica.


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