Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Mercado MPME

Empresas ainda correm para lançar serviços para a Copa

Mundial pode servir para divulgar ferramentas digitais entre estrangeiros e também fazer testes e correções

Serviços permitem achar moradores para passeios, agendar cursos e montar álbuns com fotos de viagens

FILIPE OLIVEIRA DE SÃO PAULO

Às vésperas do início da Copa do Mundo, empresas de tecnologia que atuam com turismo correm para lançar, divulgar ou melhorar seus serviços para terem tempo de apresentá-los aos turistas que virão para o evento.

Segundo Tales Andreassi, professor da FGV e colunista da Folha, o evento é uma boa oportunidade de melhorar o resultado dos investimentos em marketing e espalhar as ideias da empresa por vários países diferentes.

Com isso, os empreendedores terão um legado dos jogos: a divulgação boca a boca no futuro, diz.

A empresa Sabiar, que vende cursos rápidos em cidades turísticas pela internet, teve de correr para aumentar a oferta de aulas durante os jogos, conta Adriana Lima, 31, fundadora da empresa. Hoje, eles têm cursos em nove cidades que sediaram a Copa e 44 opções pelo mundo.

Agora, para aumentar o número de clientes no mês, Lima divulga seu negócio em hostels e pousadas.

"Recebemos e-mails de estrangeiros querendo saber como funcionam os cursos, mas foram poucas aulas agendadas. As pessoas só reservam os horários dois ou três dias antes do curso", conta.

A Copa também deve ser um marco para a empresa Rent a Local Friend (alugue um amigo local, do inglês) que surgiu há quatro anos. O sistema permite encontrar moradores do local para passeios com os turistas.

A companhia passa por uma espécie de segundo lançamento, com uma gestão profissional, conta Danielle Cunha, 27, que assumiu a presidência há dois meses.

Um dos esforços foi aumentar o número de guias. Hoje, são 3.000 cadastrados, sendo 500 ativos. Cerca de 30% do valor pago pelo passeio, que custa em média US$ 150, fica com a empresa.

NOS ACRÉSCIMOS

Outro desafio será descobrir o que precisa ser melhorado nos serviços oferecidos e fazer o máximo de correções possíveis, diz Alessandro Saade, professor da BSP (Business School São Paulo).

"As empresas vão ter uma oportunidade de corrigir rapidamente o que estiver errado. A demanda aquecida acelera o aprendizado", afirma.

O conselho pode ser valioso para a WhisGo, uma rede social para turistas que tem como atração a criação de cadernos virtuais de viagens.

Mariano Camara, 31, conta que a rede funcionava desde o começo do ano para público limitado de 450 pessoas. Com a aproximação do mundial, deve começar a divulgação neste mês.

Para isso, a empresa recebeu investimento de R$ 400 mil de uma companhia que não é do setor de turismo, diz.

Ele diz que a principal receita da empresa virá da comercialização de cadernos de viagens pela internet. Para isso, selecionará os usuários que tem os álbuns mais visitados e permitirá que eles vendam parte de seu conteúdo internamente. A WhisGo ficará com uma comissão.

A Geomob, desenvolvedora de softwares baseados em geolocalização, também aproveitará o mundial para testar um novo produto, o Turismo São Paulo.

A ferramenta, que tem versões pagas e gratuitas, envia notificações quando o celular se aproxima de um lugar programado e possui textos que podem ser "lidos em voz alta" pelo celular, explica Bruno Scaravelli, 27, sócio da empresa.

"Não sabemos se vamos ter 1.000, 2.000 ou 10 mil downloads. Nossa intenção é testar o mercado na Copa."


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página