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Bolsa volta a subir com cenário eleitoral
Perspectiva de novas pesquisas negativas para a presidente fez Ibovespa avançar 2%
Assim como no final da semana passada, o principal índice da Bolsa brasileira disparou mais de 2% nesta segunda-feira (9) com o mercado comprando a ideia de queda nas intenções de voto na presidente Dilma Rousseff (PT) em pesquisas eleitorais previstas para esta semana.
O Ibovespa subiu 2,15%, para 54.273 pontos. É a maior pontuação desde 14 de maio, quando ficou em 54.412 pontos --nível mais alto em 2014. Das 71 ações que compõem o Ibovespa, 70 subiram.
Mais uma vez as ações das estatais impulsionaram o índice: as ações preferenciais (sem direito a voto) da Petrobras ganharam 2,21%, enquanto as do Banco do Brasil subiram 2,91% e os papéis preferenciais da Eletrobras avançaram 1,93%.
"O cenário está focado na eleição. Novos dados da pesquisa Datafolha mostraram que Dilma perde em São Paulo. O resultado alimenta expectativa de que a presidente continuará caindo nos próximos levantamentos", diz Leandro Ruschel, diretor da escola de investimentos Leandro & Stormer.
Segundo o site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), está prevista para esta terça (10) a divulgação de pesquisa do Ibope sobre a eleição presidencial, contratada pela União dos Vereadores do Estado de São Paulo. Na quarta (11), deve sair levantamento da Vox Opinião encomendado pela Editora Confiança.
Na sexta-feira passada, o Ibovespa já havia registrado ganho de 3,04% repercutindo a queda de três pontos percentuais de Dilma na pesquisa Datafolha, para 34%.
Desde que começaram a ser divulgados levantamentos apontando perda de espaço da presidente na corrida pelo Planalto, em março, o mercado de ações nacional, que caía, mudou de tendência. Agora, o Ibovespa já sobe 5,37% em 2014.
"Até o pleito, o mercado de ações vai oscilar bastante por causa das pesquisas [eleitorais]", diz Pedro Galdi, analista-chefe da SLW Corretora.
No câmbio, o dólar teve seu terceiro dia de alívio. O dólar à vista caiu 0,89% sobre o real, cotado em R$ 2,229 na venda. Já o comercial cedeu 0,84%, para R$ 2,231.