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Planejar férias com antecedência é saída para evitar estresse da dívida

Assalariado recebe valor adiantado e precisa reservar parte para despesas do mês seguinte

Pedir adiantamento do 13º vale a pena mesmo que o valor não seja utilizado nas férias, pois ele pode ser aplicado

DANIELLE BRANT DE SÃO PAULO

Planejamento é a palavra de ordem para evitar que a pessoa que sai de férias volte com dívidas, com ou sem viagem incluída no período. Sem ele, é necessário se esforçar mais para curtir o descanso.

Isso porque, mesmo para quem não vai viajar, as férias são sinônimo de gastos. "Geralmente nesse período as pessoas saem mais, vão mais ao cinema e comem mais na rua", afirma o planejador financeiro Jailon Giacomelli.

Importante também, especialmente para os assalariados, é lembrar que, depois do valor mais alto que é recebido nesse período, a pessoa só vai voltar a ganhar o habitual após quase dois meses (veja quadro nesta página).

E uma dica para esse público é: vale a pena pedir o adiantamento de 13º salário que pode ser feito no período. "Mesmo que não vá usar o valor nas férias, a pessoa pode aplicar o valor e ter um ganho em cima dele", explica Samy Dana, professor da FGV (Fundação Getulio Vargas) e colunista da Folha.

Aqueles que querem viajar e deixam para programar o passeio em cima da hora normalmente encontram passagens e diárias de hotéis mais caras --este meio de ano, com ofertas de pacotes mais baratos que sobraram da Copa, está sendo exceção à regra.

Nesse caso pode valer a pena parcelar os passeios de férias, afirma Thiago Alvarez, sócio do site de finanças pessoais GuiaBolso.

Para quem não se programou nem contratou viagens antes, especialistas recomendam usar uma eventual reserva de emergência para arcar com as despesas.

Nesse caso é importante a família estudar se vale mesmo a pena viajar, afirma a consultora financeira Evanilda Rocha. "Melhor refletir bem se você irá viajar ou não. Dependendo do caso, sairá mais barato ficar na cidade onde você mora e fazer passeios gratuitos, como parques, jardim zoológico, museus e exposições", diz.

Mas mesmo quem não vai viajar tem de ficar de olho. "É comum mesmo quem não vai viajar aumentar seus gastos: mais passeios, idas extras ao shopping e ao cinema", diz Tatiana Filomensky, coordenadora de atendimento de compradores compulsivos do Ambulatório do Transtorno do Impulso do Hospital das Clínicas, em São Paulo.

DISCIPLINA

Disciplina é palavra-chave ao programar as férias. O orçamento deve ser elaborado com antecedência e incluir não só hospedagem e transporte, mas também verba para gastos extras do dia a dia.

O recomendável é começar a planejar a viagem logo após as férias anteriores. Ao definir destino --nacional ou internacional--, é possível ter uma previsão de custos.

"Nesse momento já se estabelece um padrão de gastos a ser seguido na viagem. Dá para ter uma ideia de quanto vai se gastar com refeições com bebidas e comodidades de hotel, como lanche ou excursões", diz Otto Nogami, professor do Insper, instituto de ensino e pesquisa.

A seguir, é hora de montar um fluxo de caixa que contemple receita, projeção de gastos e uma reserva de emergência para que nenhum imprevisto estrague as férias.

"É importante prestar atenção aos valores que recebe nessa época, para poder programar seu orçamento", lembra a psicóloga Filomensky.

"O valor que ela tem a mais para gastar no período é o um terço adicional das férias."

Para os disciplinados, pode valer a pena ao fazer esse planejamento concentrar os gastos familiares no cartão de crédito, afirma Nogami.

"Ao pagar todas as contas do mês no cartão, a família acumula pontos e milhas e consegue amortizar uma parte das despesas com essa pontuação", diz Nogami.


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