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Privatizado, serviço postal britânico mira comércio on-line

LEANDRO COLON DE LONDRES

Com quase 500 anos de história, a britânica Royal Mail também passa por grandes transformações. A maior delas foi em outubro, quando o governo vendeu 60% das ações no mercado de capitais por 1,98 bilhão de libras.

O processo de privatização virou um escândalo político após investigação apontar que o preço foi subestimado pelo governo. Em pouco meses, a empresa valorizou 70%, sinalizando que os cofres públicos deixaram de levar mais 750 milhões de libras ao vender parte dela.

Outra mudança, apontada como revolução para os padrões britânicos, é oferecer pela primeira vez serviço aos domingos. O foco não são as cartas (cujo volume caiu 4% no último ano, aliás), mas, sim, o comércio na internet.

Num primeiro momento, serão cem postos abertos para a população retirar encomendas. "Estamos explorando maneiras para melhorar nossa flexibilidade e oferecer mais opções para as pessoas receberem itens que pediram on-line", diz Moya Greene, diretora-executiva.

Por trás do discurso bem-intencionado, está a ameaça da concorrência que tanto incomoda o Royal Mail, conhecido pelas caixas vermelhas decoradas com a coroa real.

A empresa se enquadra na regra de "obrigação de serviço universal", que exige a atuação em todo o Reino Unido para entrega de qualquer tipo de material postal por um preço padrão --o aumento das tarifas precisa passar por uma série de burocracias.

Empresas privadas menores não são obrigadas a atuar em todo o Reino Unido e ainda podem escolher o que entregar, focando em áreas com mais lucratividade. A maior ameaça é a holandesa TNT, que distribui documentos bancários e de seguros e que atua somente em Londres, Liverpool e Manchester.

Recentemente, o Royal Mail entrou com uma ação em um órgão regulador pedindo investigação contra a rival, afirmando que, em três anos, vai perder 200 milhões de libras com o crescimento dela.

ENTREGA NA EUROPA

Uma correspondência dentro da Europa leva, em média, 2,2 dias para chegar a seu destino, segundo estudo do IPC (International Post Corporation), que reúne as principias empresas do setor.

Ao todo, 191 mil cartas foram testadas em 2013 por meio de um chip eletrônico em 31 países. O resultado apontou que 92,5% chegaram dentro do prazo de três dias --acima dos 85% da meta estabelecida pela União Europeia em 1997. Alemanha, França e Reino Unido somam dois terços do volume postal.


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