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Operação de térmicas pode elevar conta de luz em até 5% em 2015

Com o objetivo de evitar racionamento, decisão de manter usinas ligadas custará R$ 1,2 bi neste ano

Consumidores cativos pagarão sozinhos R$ 1,2 bilhão do despacho de segurança; liminar livra grandes empresas

MACHADO DA COSTA DE SÃO PAULO

Ao manter a operação plena das usinas termelétricas, o governo federal conseguiu evitar o racionamento de energia. No entanto, como os custos delas são elevados, o consumidor sofrerá com mais um fator que elevará sua conta de luz em 2015.

Chamada de despacho térmico por segurança energética, a medida evita que os reservatórios se esvaziem, mas pode representar uma alta de até 5% nas tarifas residenciais e 7% nas industriais.

Segundo cálculos feitos por Ildo Sauer, diretor do Instituto de Ambiente e Energia da Universidade de São Paulo (IEE/USP), os gastos com térmicas somarão R$ 20 bilhões neste ano. Desse montante, R$ 1,2 bilhão está relacionado ao despacho por segurança."O risco de racionamento está afastado, mas por uma absoluta falta de planejamento", diz Ildo Sauer.

Conforme a Folha revelou em maio, por causa de outras medidas, como a realização de um leilão e um empréstimo de R$ 11,2 bilhões a fim de resgatar distribuidoras de energia, as tarifas poderiam subir até 25% em 2015, segundo cálculos da TR Soluções.

A medida de segurança é mais um fator de alta sobre as tarifas no próximo ano.

O governo, ao tomar a medida, ignora uma regra criada em 2004 e que define o despacho térmico.

Somente quando o Custo Marginal de Operação (CMO) é maior do que o custo da própria usina, ela deve entrar em operação.

Atualmente, o CMO justifica a ativação de 72% da geração térmica, enquanto o governo mantém em 91%.

Segundo o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, a opção por manter "o despacho térmico pleno" deve-se à sua "importância para a política de operação [do sistema] no cenário de atendimento [do consumo] atual".

A decisão foi contestada na Justiça pela Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace), que conseguiu uma liminar e livrou seus associados de arcar com o despacho térmico por segurança.


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