Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Europa ganha espaço em alimentos no Brasil

As exportações brasileiras de produtos agropecuários processados e prontos para consumo para a União Europeia estão 56% superiores às registradas em 2004.

A evolução é boa, uma vez que as exportações de commodities agrícolas -em que o país mais se destaca atualmente- subiram apenas 12% nesse período para a UE.

Esse crescimento, no entanto, mostra-se insuficiente quando comparado às importações do Brasil desses mesmos itens processados na União Europeia.

Os 28 países do bloco europeu elevaram em 217% as vendas de produtos processados e de consumo final para o Brasil desde 2004.

Só no ano passado, os europeus exportaram 7% mais, enquanto importaram 9% menos desses itens, segundo informações do Eurostat.

Em uma avaliação mais longa, e considerando a balança comercial total de produtos agropecuários, os europeus conseguem evolução percentual maior.

As exportações deles para o Brasil aumentaram 220% desde 2004. Já as exportações brasileiras tiveram evolução de apenas 43%.

Apesar desse crescimento percentual europeu a longo prazo, a balança comercial agropecuária ainda é bem favorável ao Brasil.

Os europeus importaram do mercado brasileiro o correspondente a € 13,3 bilhões em 2013, enquanto as exportações do bloco para os brasileiros ficaram em apenas € 1,5 bilhão.

O mercado que mais evoluiu para os europeus no Brasil foi o de chocolates e produtos derivados de cacau, seguido do de frutas. Ambos tiveram crescimento superior a 700% desde 2004.

Derivados de leite, de carnes, café e preparados de cereais também estão na lista das principais exportações dos europeus para o Brasil.

Já os produtos agropecuários em destaque exportados pelo Brasil para a UE são carnes, óleos vegetais, café, açúcar e frutas.

O Brasil é líder mundial em produção e exportação de vários itens, mas o país não consegue formar empresas com peso internacional para participar do varejo mundial.

A evolução de grandes grupos de varejo nos países desenvolvidos fecha cada vez mais o espaço para a criação de empresas nacionais com representatividade externa.

Avermectina O Sindan (indústria de produtos para a saúde animal) entrou com medidas judiciais contra o banimento do uso de vermífugo de longa ação pelo Ministério da Agricultura.

Mal-estar A AGU (Advocacia-Geral da União) avalia o pedido. A saída judicial será a menos complicada para o retorno do medicamento, uma vez que a proibição causou mal-estar entre os técnicos e o ministro.

Reunião Na próxima terça (1º), haverá uma audiência na Comissão de Agricultura da Câmara, quando será discutida essa proibição da utilização do medicamento.

Estrago Luciano Vacari, da Acrimat (associação de criadores de MT), diz que foi uma decisão unilateral e que afeta a indústria de medicamentos e pecuaristas.

Punição Em vez de banir o medicamento, o ministério deveria controlar o mau uso. "Se alguém não respeita a carência necessária na utilização do medicamento, que seja punido", diz ele.

Deflação Após ter caído 0,68% em maio, os preços dos produtos agropecuários recuaram 3,73% neste mês no atacado, determinando uma taxa de deflação no IGP-M.

O que caiu A principal queda no período ficou com o tomate, que, devido à melhora na oferta, teve recuo de 28% no atacado. Outros produtos na lista das quedas foram café e milho. O primeiro teve recuo de 11% neste mês. Já o segundo caiu 9%.

DE OLHO NO PREÇO Cotações

Nova York
Algodão
(cent. de US$)* 80,89
Suco de laranja
(cent. de US$)* 142,95
*por libra-peso

Chicago
Soja
(US$ por bushel) 14,32
Milho
(US$ por bushel) 4,43


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página