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Crise em país vizinho já prejudica o Brasil

MARIANA CARNEIRO DE SÃO PAULO

O possível calote da dívida argentina pode piorar a recessão no país vizinho, que já afeta as exportações e a atividade econômica no Brasil.

De janeiro a maio, as vendas para o terceiro principal parceiro comercial brasileiro recuaram 19%. A crise econômica no país e o impasse no acordo automotivo entre Brasil e Argentina derrubaram a exportação de carros em 27%, e a de autopeças, em 26%.

Isso explica parte do resultado negativo do setor automotivo brasileiro neste ano, que vem contaminando o desempenho de toda a indústria, cuja produção caiu 1,2% até abril. A fabricação de automóveis foi 13% menor, de janeiro a maio, ante o mesmo período do ano passado, segundo a Anfavea (associação das montadoras).

Além das exportações menores, a fraqueza do consumo doméstico está limitando o desempenho do setor, afirma Sérgio Vale, da consultoria MB Associados.

"O impacto da situação Argentina é de médio e longo prazo e indica que haverá mais dificuldade para exportar daqui para frente", disse.

Esse efeito negativo já está corroendo um pedaço do crescimento do Brasil. Para Vale, o PIB deve crescer 0,9% neste ano. "Já não conto com a Argentina faz tempo", afirma José Francisco Gonçalves, do Banco Fator.

Robert Wood, analista de América Latina da EIU (Economist Intelligence Unit), estima que o calote argentino possa sugar até 0,5 ponto percentual do PIB do Brasil neste ano, em razão de menos exportações e mais pessimismo entre os empresários.


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