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Renda fixa é melhor aplicação do semestre
DE SÃO PAULOOs fundos de investimento em renda fixa foram as melhores aplicações do primeiro semestre do ano, com rendimento de 4,32% após desconto de Imposto de Renda, segundo o ranking de investimentos elaborado mensalmente pela Folha. Em 12 meses, eles renderam 8,31%.
Os fundos de ações livre --opção para o pequeno investidor que quer aplicar em Bolsa--, por sua vez, lideraram o ranking em 12 meses, com alta de 10,01% após desconto de IR, em parte graças à alta de 12,03% da Bolsa brasileira no mesmo intervalo.
No semestre, esses fundos de ações livre registraram ganho de 0,95% no semestre, levados pela valorização de 3,22% da Bolsa no ano.
A alta da Bolsa começou a se delinear em março, quando o Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, passou a subir. Essa valorização pode ser creditada à divulgação de pesquisas eleitorais com um cenário menos favorável ao atual governo.
Isso animou os investidores que veem a gestão da presidente Dilma Rousseff como "intervencionista".
Para analistas, as eleições devem continuar a influenciar a Bolsa até o fim do ano.
Na lanterna do ranking, aparece o dólar: no semestre teve queda de 6,4% e, em 12 meses, de 0,5%. Os fundos cambiais --alternativa para o pequeno investidor aplicar em moeda estrangeira-- tiveram desvalorização de 6,44% no semestre. Em 12 meses, porém, veem leve alta de 0,43%.
O ranking da Folha considera o rendimento das aplicações descontado o IR, quando incidente, para resgate até 180 dias --no caso do semestral, alíquota de 22,5%-- e após 12 meses. Vale destacar que, quando há perda, o IR não é cobrado.
O período de 12 meses é considerado por refletir o desempenho dos investimentos em um prazo maior, corrigindo eventuais oscilações de curto prazo. O investidor consegue, assim, avaliar um período maior para tomar sua decisão de aplicação.
Mas é importante ressaltar essa decisão não deve levar apenas em conta a rentabilidade passada, pois, como bem alertam os informativos de fundos e outras aplicações, ela não é garantia de rentabilidade no futuro.
