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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Exportação de soja acumula US$ 20 bi no ano

As exportações do complexo soja --grãos, farelo e óleo-- atingiram US$ 20 bilhões no primeiro semestre do ano, superando em 17% as de igual período do ano passado.

Ao contrário do que ocorreu em 2013, a soja assume a liderança das exportações de commodities, deixando o minério de ferro em segundo lugar, com US$ 14 bilhões.

A novidade no ano é a recuperação do setor de petróleo, cujas exportações subiram para US$ 6,8 bilhões no ano, 30% mais do que as de igual período de 2013.

Os dados são da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), que aponta que os produtos do agronegócio deixaram de puxar as exportações de commodities e tiveram evolução próxima da média dos produtos básicos, que incluem minério e petróleo.

Esse retorno da evolução das exportações à média dos básicos ocorre devido não só à recuperação do petróleo, mas também à forte queda de receitas de vários setores importantes do agronegócio.

Entre essas quedas, a mais significativa é a do açúcar. Uma melhora no quadro de oferta e de demanda mundial derrubou os preços do produto, reduzindo as receitas deste ano para US$ 4 bilhões, 27% menos do que em 2013.

Outro desfalque na balança do agronegócio foi o milho, cujas receitas caíram 55% neste ano, em relação à de igual período de 2013.

O cenário do segundo semestre poderá ser melhor para o cereal, mas vai depender do câmbio para que o produto nacional tenha competitividade externa.

As carnes "in natura", de forma geral, vão bem, mas não é o que ocorre com a de frango. Mesmo com a melhora no volume exportado, as receitas caem devido à redução dos preços externos.

Mas o cenário é melhor nos últimos meses. No mês passado, o valor médio da tonelada de frango "in natura" esteve em US$ 2.029, acima dos US$ 1.792 de março.

Apesar da alta, a carne de frango é negociada a valor inferior ao de junho de 2013, aponta a Secex. Já as carnes bovina e suína têm aumentos no volume e nos preços.

O minério de ferro, o segundo item da balança de commodities, têm perda de 5% nas receitas neste ano. A queda se deve ao recuo do preço externo. Em junho, esteve 21% inferior ante igual período do ano passado.

Algodão A China tem bons estoques e não vai acelerar importações. Além disso, o estoque cresce também fora desse país. Soma-se a isso, uma produção acima do consumo em 2014/15.

Estoques O resultado é um aumento de 6% nos estoques mundiais, para 21,4 milhões de toneladas, o suficiente para 11 meses. Os dados são do Icac (conselho internacional do algodão).

Produção O Icac prevê a produção mundial de algodão em 25,4 milhões de toneladas na safra 2014/15.

Cana O valor do ATR (Açúcar Total Recuperável) de abril a junho caiu para R$ 0,4666 por quilo, aponta o Consecana.

ESTANHO
+3,32%
Ontem, em Londres

CAFÉ
-2,72%
Ontem, em Nova York

EUA têm menos suínos e bovinos neste ano

As exportações de carne suína do Brasil somaram US$ 636 milhões no primeiro semestre do ano, 14% mais do que de janeiro a junho do ano anterior.

O cenário poderá continuar bom para o Brasil nesse setor de carne, devido à demanda externa e à procura pelo produto brasileiro.

Os Estados Unidos, participantes desse mercado exportador, estão perdendo força. Além de problemas sanitários, o total de animais disponível nas fazendas recuou para 62 milhões em junho, o menor número desde 2007.

O mercado interno brasileiro já sente a demanda externa e os preços acumularam alta de 10% internamente nos últimos 30 dias.

O Brasil poderá ganhar também com a carne bovina. O confinamento está baixo nos EUA. Caiu para 10,5 milhões de cabeças em junho.


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