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Sistema da Microsoft é o alvo preferido da 'gangue do boleto'

Gigante americana foi informada do caso e diz que pode acabar com o vírus que ataca no país

Quadrilha ataca principalmente no Brasil e mantinha 496 mil boletos no valor de R$ 8,7 bilhões

JULIO WIZIACK DE SÃO PAULO

A gangue dos boletos, grupo que espalha vírus dos EUA para interceptar pagamentos bancários, também furtou mais de 83 mil endereços de e-mails vinculados a empresas da Microsoft e suas senhas de acesso --a maior parte de usuários brasileiros.

E-mails com extensão hotmail.com, hotmail.com.br, live.com, entre outros, foram o alvo da quadrilha, que também utiliza essas contas para espalhar o vírus no Brasil.

Ainda segundo a RSA, 78% das 192 mil máquinas infectadas tinham o Windows 7 e metade acessava a internet via Windows Explorer.

A Microsoft está ciente. A reportagem enviou perguntas sobre a segurança do sistema Windows à companhia, mas não houve resposta até a conclusão desta edição.

Por meio de comunicado, a Microsoft só disse que "seu software de segurança detecta e remove os vírus conhecidos como Bolware'".

A Folha revelou que essa quadrilha está sendo investigada pela Polícia Federal e pelo FBI, depois de ter sido descoberta pela RSA, uma das maiores empresas do mundo em segurança.

Infiltrados da RSA em comunidades de hackers conseguiram chegar aos computadores da quadrilha, nos EUA, onde havia 496 mil boletos com datas dos últimos dois anos, totalizando R$ 8,7 bilhões (US$ 3,75 bilhões).

A investigação policial segue sob sigilo no Brasil e nos EUA. Ainda não se sabe quantos foram afetados pela fraude nos mais de três países em que a quadrilha atua. O Brasil responde pela maioria dos ataques da gangue.

Os pagamentos com boletos no país representam 9% do total de transações, segundo o Banco Central. A Febraban, a associação dos bancos, diz que as fraudes com boletos somam 3% do total e não quis comentar sobre a atuação da quadrilha.

Os bancos costumam pagar quem foi lesado em fraudes eletrônicas, mas não são obrigados. No caso do vírus da gangue do boleto, por exemplo, não ocorre um ataque ao site do banco, e, sim, do computador do cliente. A culpa seria do cliente, que se deixou infectar pelo vírus.

Mesmo assim, na maior parte dos casos, os bancos costumam arcar com o prejuízo para evitar exposição.

SINTOMAS

Segundo a RSA, é difícil perceber a contaminação pelo vírus. Um dos sinais é a queda da velocidade de navegação na internet e de processamento do computador.

Ainda segundo a RSA, ele ainda escapa imune à grande maioria dos antivírus. "Fizemos testes com alguns dos principais e foram negativos", disse Marcos Nehme, diretor da RSA. Segundo ele, o vírus é mutante. Já está na 19ª versão e cada vez que ele muda é preciso aprimorar os programas de antivírus.

Saiba como se proteger
folha.com/no1480069


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