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Ford convoca 176 mil Fiesta Rocam para corrigir problemas nos freios
Recall se refere a automóveis fabricados no Brasil entre outubro de 2012 e junho deste ano
Nos últimos dez anos, cerca de 5 milhões de veículos de diversas montadoras foram convocados no país
Prestes a deixar de ser produzido, o Ford Fiesta Rocam passa por um recall no Brasil. O chamado, feito para corrigir um possível problema no sistema de freios, abrange 176.341 unidades.
Os veículos envolvidos foram fabricados de 1º de outubro de 2012 a 10 de junho de 2014 e têm número de chassis com finais que vão de 8409918 a 8119544.
Esse é um dos últimos lotes do Fiesta Rocam, que será substituído pela nova geração do Ford Ka, cujas vendas começam logo após a Copa do Mundo.
De acordo com a montadora, há possibilidade de ruptura da válvula do sistema de freio e consequente perda da assistência.
"Embora não haja risco de perda total da capacidade de frenagem do veículo, será necessário um esforço adicional do motorista no acionamento do pedal do freio, o que poderá aumentar a distância de frenagem e causar acidentes graves, com possíveis danos físicos aos ocupantes do veículo e a terceiros", informou a fabricante.
O reparo é gratuito, como manda a lei. Será feita a substituição da válvula e do tubo do hidrovácuo (sistema que reduz o esforço necessário para acionar o pedal de frenagem). A fixação será reforçada com a instalação de dois clipes na nova tubulação. O tempo previsto do serviço é de cerca de 30 minutos.
Os proprietários de veículos envolvidos no recall devem agendar o reparo pelo telefone 0800 703 3673 ou em um distribuidor Ford. Mais informações podem ser obtidas no site www.ford.com.br.
O número de recalls envolvendo carros vendidos no Brasil (nacionais e importados) têm crescido. Em 2013, por exemplo, o número de chamados foi cerca de 60% superior ao registrado em 2012.
Nos últimos dez anos, mais de 5 milhões de veículos automotores foram convocados por defeitos de fabricação ou de montagem. Os dados são computados pelo Ministério da Justiça.
O aumento no número de recalls coincide com a expansão do mercado brasileiro de automóveis, o que levanta questionamentos sobre o tempo gasto com testes de qualidade e durabilidade dos componentes desenvolvidos pelas montadoras e seus fornecedores.
Fabricantes ouvidos pela Folha afirmam que todos os procedimentos de validação dos produtos seguem padrões rígidos, e que não há aceleração de procedimentos devido ao crescimento do mercado.