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Promoções tardias lotam resorts no Chile

Pacotes com até 40% de desconto para centros de esqui atraem brasileiros antes relutantes em viajar durante a Copa

Voos de SP a Santiago crescem com operações da Gol e de chilena; público de hotel subiu 35% ante o ano passado

MARIANA BARBOSA DE SÃO PAULO

Os temores de que a Copa do Mundo causasse prejuízos para as estações de esqui na América Latina não se concretizaram.

As vendas de pacotes, bastante fracas até abril, dispararam depois que os resorts e agências de viagem passaram a oferecer descontos de até 40% para clientes no Brasil.

No Gran Hotel Termas de Chillán, no Chile, a expectativa é receber 2.000 brasileiros entre julho e setembro, 35% a mais do que no ano passado. Mas a receita vai crescer menos --25% -- devido às promoções.

"Os brasileiros estão começando a chegar e esperamos que o mês de agosto seja muito bom", diz Francisco Giner, gerente comercial de Termas de Chillán. "O ano está bom em termos de neve, e a expectativa é que a temporada dure até setembro ou outubro."

No resort chileno Valle Nevado Ski Resort, cuja temporada de neve começou em 27 de junho, a expectativa é de um volume 30% maior de turistas brasileiros este ano.

"Os esforços de marketing e vendas, com promoções muito atrativas, atraíram os turistas, mesmo durante a Copa", diz Ricardo Almeida, diretor comercial e de desenvolvimento do Valle Nevado.

Para compensar a queda na receita média, as diárias fora das promoções estão mais elevadas do que no ano passado.

"Programei a viagem e, quando vi a promoção de 40%, fechei logo. Esqueci que era Copa", diz Carla Silva de Faria, 33, que conversou com a Folha por telefone do Valle Nevado. "Aqui está cheio de brasileiro e tem telões por toda parte exibindo os jogos", diz a turista, que estava em Santiago no dia da disputa contra o Chile e se refugiou em um bar brasileiro.

"O brasileiro não ia viajar, mas resolveu ir na última hora porque estava barato", diz Eduardo Gaz, diretor da Ski Brasil, agência especializada em destinos com neve.

Ele não revela o volume de vendas da agência, mas afirma que vai levar mais gente para esquiar nos países vizinhos este ano, enquanto o faturamento será o mesmo do ano passado. "Foi uma demanda tardia, mas ela aconteceu e aconteceu forte."

Os descontos no Valle Nevado chegam a 40% e são válidos até 19 de julho. Em Termas de Chillán, os preços ficaram 30% mais baratos. Até mesmo Portillo, resort que não costuma fazer promoções, fez promoções de 20% --além de oferecer de graça o transporte do aeroporto para o hotel (US$ 600, ou R$ 1.330 pelo câmbio de sexta-feira).

CONCORRÊNCIA

Para Gaz, os altos preços praticados pelas companhias aéreas no início do ano, para voos no período da Copa, fez o brasileiro adiar a decisão sobre férias. "Quando os preços voltaram para a normalidade, a demanda voltou."

A concorrência também ajudou essa retomada da normalidade. Lan e TAM, que dominavam a rota São Paulo-Santiago, ganharam a concorrência da chilena Sky no final de março. E na última quinta (3), a Gol voltou a voar para Santiago, com o lançamento de dois voos diários.

"No início do ano havia muita incerteza com relação à Copa, mas sempre acreditamos que os brasileiros não iam deixar de viajar para o exterior", diz o diretor comercial da Gol, Fabio Mader.

Ele diz que a demanda para Santiago está bastante alta e que os primeiros voos saíram com 100% de ocupação.


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