Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Grupo de médicos faz seu 2º hospital para atender o SUS

Foco em especialidades garante lucro e mantém pronto-socorro

ESTELITA HASS CARAZAI DE CURITIBA

Um grupo de médicos do Paraná inaugura em agosto um mega-hospital em Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba, com investimento de R$ 170 milhões, para atender quase exclusivamente o SUS.

Dos 1.200 leitos do prédio, com jardim de inverno, piso de granito e claraboia na UTI, 97% serão destinados para o serviço público.

Os próprios empreendedores dizem que "poucas pessoas sãs" investiriam no negócio, numa época de crise de hospitais filantrópicos e de queixas de defasagem da tabela de pagamento do SUS.

O grupo que gerencia o Hospital do Rocio há 16 anos, porém, encontrou um nicho que garante a sustentabilidade do negócio: os serviços de alta complexidade.

"Não é um filão, e sim uma demanda da sociedade", afirma o diretor-geral do empreendimento, o cirurgião Luiz Ernesto Wendler.

O atual Hospital do Rocio, já é referência em neurocirurgia e cirurgia cardíaca. Tem 91 leitos de UTI e recusa diariamente cerca de 30 pacientes por falta de vaga.

A mudança no perfil ocorreu quando Wendler e o obstetra Carlos Müller Neto assumiram a gestão, em 1998. Perceberam que, para viabilizá-lo, teriam de investir em serviços especializados, como UTI. No novo prédio haverá 305 leitos de UTI --uma das maiores do país.

A receita obtida com a alta complexidade, que tem uma tabela privilegiada no SUS, ajuda a sustentar o pronto-socorro e o ambulatório, além de gerar lucro.

Além disso, a verba do SUS chega para o Rocio via governo estadual --um processo menos burocrático e mais rápido que o municipal.

O SUS, diz Wendler, deposita o pagamento em cerca de 30 dias, muito antes que os planos de saúde.

Quatro anos atrás, com o projeto do novo hospital embaixo do braço, os diretores procuraram o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, e pediram apoio.

O governo do Paraná, carecendo de leitos, garantiu o credenciamento pelo SUS e ainda ofereceu a ajuda de um engenheiro para montar o projeto de acordo com as exigências do serviço público.

A construção desse hospital foi financiada pelo governo federal, por meio da Caixa e do Banco do Brasil.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página