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Caro Dinheiro

Renda fixa vs. renda variável: quem ganha no longo prazo?

São inúmeros os estudos que comparam as rentabilidades de ativos de renda fixa com os de renda variável, e maior ainda é a quantidade de opiniões diferentes sobre o tema. Cada corretor, gerente ou consultor financeiro possui uma explicação ou fórmula mágica para analisar e prever os retornos, mas a grande maioria afirma que a renda variável supera a renda fixa no longo prazo.

Das modalidades de renda fixa com baixo risco, destacam-se CDBs, LCIs, LCAs de grandes bancos, atrelados ao CDI e o Tesouro Direto. Do outro lado, a renda variável é representada pela aplicação na Bolsa, com volatilidade maior.

A relação entre volatilidade e rentabilidade é conhecida no mercado financeiro como risco-retorno e sugere que, para investimentos mais arriscados, o retorno esperado deve ser maior.

No longo prazo, no entanto, a teoria das finanças diz que o risco pode ser diluído. Aliás, esse é o fator principal que embasa o argumento dos financistas quanto à superioridade da Bolsa como investimento em relação à renda fixa no tempo.

Para analisar essa hipótese, foi efetuado um estudo considerando o CDI como representante da renda fixa e o Ibovespa para renda variável em diferentes horizontes de tempo. Ao todo, foram analisadas todas as janelas de investimentos de 1 a 20 anos desses dois ativos desde a implantação do Plano Real, contemplando mais de 47 mil simulações. Foram descontados os impostos de ambos e incluídos dividendos e proventos no caso da Bolsa.

Os resultados surpreendem. O estudo mostrou que a Bolsa perde em praticamente todos os períodos analisados. No longo prazo, a perda é maior. Por exemplo, no horizonte de cinco anos, foram feitas 3.758 combinações, das quais a Bolsa saiu vencedora em 41,83% dos casos. Já para 15 anos, as 1.238 combinações testadas indicam que a Bolsa venceu em 27,79% das vezes.

Alguns dirão que as taxas de juros eram altas e, por isso, o CDI obteve bons resultados. Ainda assim, quem optou pela Bolsa na época conhecia a taxa do CDI e esperava um retorno maior.

Interessante também notar que, mesmo em épocas mais recentes, que inclui o período de juros menores, a Bolsa continua perdendo.

Parece que a sugestão financeira ventilada por muitos especialistas tupiniquins não teve um desempenho muito exitoso. No entanto, como a indústria de produtos financeiros gosta de destacar, resultados passados não garantem resultados futuros e servem, no máximo, para análise.


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