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Fox oferece US$ 80 bi, e Time Warner recusa
Proposta de compra feita pelo grupo de Rupert Murdoch criaria megaconglomerado de mídia e rearranjaria setor
Fontes não descartam recuo futuro; negócio incluiria estúdios de cinema, jornais, canais de TV, agência e editora
A 21st Century Fox, império midiático do magnata Rupert Murdoch, confirmou nesta quarta (16) que fez uma proposta para comprar a Time Warner em junho. A oferta, porém, foi rejeitada.
Segundo o jornal "The New York Times", o valor da oferta foi de US$ 80 bilhões (cerca de R$ 178 bilhões).
O império de Murdoch inclui, além do estúdio de cinema 21st Century Fox e dos canais Fox e Fox News, o jornal "The Wall Street Journal" e a editora HarperCollins. A subsidiária britânica do grupo, News International, foi o epicentro de um escândalo envolvendo escuta telefônica no Reino Unido há três anos.
Se a oferta tivesse sido aceita, a operação poderia iniciar uma reformulação da indústria midiática dos EUA, com uma nova onda de megafusões. Poderia levar também a Time Warner a vender a rede de notícias CNN, já que o grupo de Murdoch é dono da concorrente Fox News.
Apesar da negativa da Time Warner, o "Times" lembra que o negócio pode ainda ser possível, já que Murdoch, 83, construiu parte de seu império com ofertas a concorrentes que eram inicialmente rejeitadas e, depois, aceitas.
A oferta vem em um momento de incertezas do grupo de Murdoch. A News Corp, sua divisão jornalística, enfrenta dificuldades devido à queda da publicidade em seus veículos e a problemas com a agência de notícias e informação financeira Dow Jones, cujo presidente-executivo renunciou em janeiro.
Já a 21st Century Fox, que controla a maioria dos canais televisivos de Murdoch, perde assinantes de TV a cabo com o crescimento de serviços de vídeo por "streaming" e lida com o custo cada vez mais alto dos direitos de transmissão de jogos.
Nesta quarta, as ações da 21st Century Fox subiram 0,76% na Bolsa de tecnologia Nasdaq, para US$ 33,25, enquanto os papéis da Time Warner na Bolsa de Valores de Nova York subiram 17,07% com a possibilidade de venda, para US$ 83,13.
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