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Alta de preços cede, mas reajuste de energia preocupa

Alimento e passagem aérea fazem IPCA-15, prévia do índice oficial de inflação, recuar para 0,17% em julho

Aumentos nas tarifas de eletricidade, no entanto, fazem com que indicador continue perto do teto da meta

PEDRO SOARES DO RIO

Sob impacto da queda de preços de alimentos e transportes, a prévia da inflação oficial veio abaixo das expectativas do mercado em julho.

O IPCA-15 ficou em 0,17% em julho --cerca de um terço do 0,47% de junho e abaixo do 0,20% previsto. Em 12 meses, no entanto, o índice prévio ficou em 6,51%, superior ao teto da meta (6,5%).

Para julho, a expectativa é que a inflação acumulada ainda supere esse limite, e o preço da eletricidade deve ser um dos principais fatores.

"A energia será o fiel da balança. A tendência é que os novos reajustes sejam mais altos, porque já refletem o repasse do uso mais intenso das térmicas [de custo mais alto] no fim de 2013", diz Luiz Roberto Cunha, da PUC-Rio.

Em julho, parte do aumento de 18% da Eletropaulo foi absorvida pela prévia do IPCA e a energia subiu 1,35%. Outra parte desse reajuste ainda contaminará o índice fechado do mês.

Segundo o IBGE, outros aumentos de tarifa terão impacto na inflação de julho.

Entre eles, estão reajustes de energia em Porto Alegre, pedágio em São Paulo, água e esgoto em Fortaleza e Salvador (7,8%) e dos Correios em nível nacional (para cada serviço foi aplicado um percentual de aumento).

"O alívio no mês e talvez no resto do ano virá dos alimentos, que estão com preços internacionais em queda, como trigo, milho e soja, e o clima no país também é favorável para hortaliças, frutas e legumes", afirma Cunha.

ALTA REPRESADA

O IPCA superaria os 6,5% neste ano, segundo analistas, não fossem o adiamento de parte dos custos das empresas de energia e os preços represados de combustíveis --cálculos mais recentes estimam que a gasolina está cerca de 12% abaixo dos valores internacionais, e o diesel, cerca de 6%.

O IPCA ao final do ano deve ficar pouco abaixo dos 6,5%, segundo estimativas recolhidas semanalmente pelo BC. Outros preços controlados pelo governo também devem ajudar a manter a inflação abaixo do teto da meta.

As tarifas de ônibus municipais, por exemplo, foram congeladas em importantes capitais, como São Paulo. O item, de grande peso no IPCA, subiu 3,48% neste ano, abaixo da inflação média (4,17% pelo IPCA-15 até julho).

Outra ajuda veio do desconto para quem consume menos água em São Paulo em razão da seca do principal reservatório que abastece a região metropolitana.

A taxa de água e esgoto registra queda 3,84% neste ano até julho, sob o impacto da forte retração de 27,01% das contas em São Paulo.


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