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Economia mais fria aquece os fundos de participação

Carlyle e Gávea levantam US$ 1,2 bi para comprar empresas de potencial

Momento econômico de baixa facilita compra de empresas em dificuldade por um valor considerado baixo

TONI SCIARRETTA DE SÃO PAULO

A desaceleração da economia brasileira neste ano criou oportunidades de investimento para fundos especializados em socorrer e em impulsionar os negócios de empresas em dificuldades.

Desde a semana passada, após o fim da Copa do Mundo, a Gávea Investimentos e o americano Carlyle conseguiram levantar nos mercados brasileiro e internacional, respectivamente, cerca de US$ 1 bilhão e US$ 200 milhões para investir no país.

Também estão em fase adiantada de captação de recursos novos fundos da americana Advent e dos brasileiros Pátria e BTG Pactual. A estimativa é que cada um deles levante entre US$ 1 bilhão e US$ 2 bilhões.

São os chamados fundos de "private equity" (participação em empresas fechadas), que procuram comprar companhias de potencial, em setores estratégicos, por um valor considerado baixo.

Depois, promovem mudanças na gestão, arrumam a contabilidade e vendem a empresa (ou participação) por um valor substancialmente maior --mais do que ganhariam aplicando em ações na Bolsa.

Isso porque o risco dessas empresas (muitas familiares, em dificuldades etc.) é maior do que o de aplicar em companhias supervisionadas pelo mercado de capitais.

Com a instabilidade nas Bolsas brasileira e internacionais, investidores como os fundos de pensão se voltam para aplicações de maturidade mais longa, como esses fundos. O ciclo de investimento varia em média de dois a cinco anos, prazo suficiente para reestruturar o negócio e conseguir achar um comprador na Bolsa (abertura de capital) ou estratégico, como um concorrente.

No ano passado, esses fundos falavam em investir em obras de infraestrutura, empresas de energia, óleo e gás e concessionárias.

Com a desaceleração, surgiram também oportunidades nas indústrias alimentícia, de máquinas, construtoras, varejistas regionais, de tecnologia e ligadas à saúde.

O BTG Pactual captou US$ 1,8 bilhão no ano passado para investir em infraestrutura. Para este ano, a previsão é conclua, após as eleições, um fundo com valor similar.

O Carlyle foi um dos últimos dos grandes fundos estrangeiros a chegar ao Brasil. Tem investimentos nas varejistas Ri Happy (brinquedos), na Tok Stok (móveis) e na agência de viagens CVC.

No ano passado, chegou ao país o KKR, que comprou neste ano a Aceco, administradora de data centers.

Por restrições regulatórias, os fundos não podem se pronunciar em momento de captação. Procurados, Carlyle e Gávea não comentaram.


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