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Com desaceleração, deficit externo recua

Principal motivo é queda nas remessas de lucros e dividendos para o exterior no semestre

EDUARDO CUCOLO DE BRASÍLIA

A desaceleração da economia brasileira contribuiu para conter o deficit do país nas suas transações de bens e serviços com o exterior.

Em junho, o resultado negativo em transações correntes foi de US$ 3,3 bilhões, menor valor para o mês desde 2009 e abaixo dos mais de US$ 4 bilhões previstos pelo Banco Central.

No semestre, o deficit ficou praticamente estável em termos nominais (US$ 43,3 bilhões). Na comparação com o PIB, ele recuou de 3,91%, no mesmo período do ano passado, para 3,84%.

O resultado é explicado, principalmente, pela queda de 8% nas remessas de lucros e dividendos para o exterior neste ano.

A piora na atividade também afetou o consumo de produtos e serviços do exterior. Importações caíram. Despesas com transportes de cargas recuaram. Gastos com viagens internacionais desaceleraram.

Os sinais desse desaquecimento aparecem de forma mais forte em junho e nos dados parciais do Banco Central para o mês de julho.

A instituição espera um deficit em transações correntes de US$ 6,7 bilhões para julho e de US$ 80 bilhões no ano.

INVESTIMENTOS

A piora na economia também afetou o IED (Investimento Estrangeiro Direto), dinheiro investido diretamente nas empresas. Entraram no primeiro semestre US$ 29,2 bilhões, menos da metade da previsão do BC para o ano. A estimativa é de mais US$ 5,2 bilhões neste mês, mesmo resultado de julho de 2013.

A consultoria LCA afirma que o nível do deficit externo ainda é "desconfortável", mas a maior parte da piora no número já ocorreu e não há sinais de crise nessa área.

O resultado ainda está próximo do deficit de mais de 4% do PIB visto em 2001, quando o país vivia problemas cambiais devido à percepção sobre sua vulnerabilidade.

A consultoria afirma que as perspectivas de financiamento estão mais difíceis, devido à volatilidade do cenário internacional e à queda no apetite por investimentos em países emergentes.

"Com isso, devemos seguir com pressões sobre a taxa de câmbio, a exemplo dos últimos meses, amenizadas pela maior taxa de juros e pela atuação do BC", diz a LCA.


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