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Mercado Aberto

MARIA CRISTINA FRIAS cristina.frias@uol.com.br

Exportação de calçadista à Argentina deve cair 40%

Depois de perder a Venezuela como um dos principais destinos de suas exportações, a fabricante gaúcha de calçados Piccadilly deve ter sua participação reduzida no mercado argentino.

A projeção da empresa é que as vendas para o vizinho recuem 40% neste ano. Em 2013, houve retração de 15%.

"A Argentina era nosso principal mercado. Sozinha, comprava um milhão de pares por ano, mas não há chance de manter esse número", diz o presidente da companhia, Paulo Grings.

Além das medidas protecionistas do governo Cristina Kirchner, a crise cambial afetou ainda mais os embarques brasileiros. A Argentina chegou a ser responsável por 28% das exportações da Piccadilly em 2009. No ano passado, representou um pouco menos de 20%.

Na Venezuela, o problema é a não liberação de dólares para a compra de calçados -produto que não é considerado prioritário pelo governo.

"A Venezuela saiu do mapa das exportações. Em 2013, não enviamos nenhum par", diz Micheline Grings, diretora da companhia.

Israel, o quarto principal destino no ano passado, também começa a preocupar a empresa por causa dos conflitos na região. "Nosso representante lá diz que, por enquanto, não há problema, mas estamos apreensivos." As vendas para o país avançaram 55% em 2013.

As exportações totais do grupo chegavam a 34% da produção em 2008. Para este ano, a meta é 25%. "Estamos crescendo em outros mercados, como no Oriente Médio."

AVANÇO CHINÊS

A participação dos calçados brasileiros nas importações argentinas ficou em cerca de 30% no primeiro semestre deste ano -antes, chegava a 70%.

O espaço deixado pelo Brasil foi praticamente todo ocupado pela China, de acordo com a Abicalçados (Associação Brasileira das Indústrias de Calçados).

Com preços mais baixos, os produtos orientais são vendidos com uma maior facilidade em um cenário de escassez de dólar.

"O problema [de exportar para a Argentina] já tem uns dez anos, mas tivemos dois episódios que o acentuaram", diz o presidente-executivo da entidade, Heitor Klein.

"O primeiro em agosto de 2013, com a imposição de mais barreiras. O segundo, no início deste ano, com a crise cambial", acrescenta.

Operadora de planos de saúde constrói hospital no AM

A Hapvida, operadora de planos de saúde com sede no Ceará e forte presença nos mercados do Nordeste e do Norte, vai construir um novo hospital em Manaus.

A estrutura terá 150 leitos e receberá um investimento de R$ 40 milhões.

O objetivo da expansão é acompanhar o crescimento do número de clientes na capital amazonense.

"Em Manaus, temos 228 mil beneficiários e a meta de chegar a 270 mil até o fim deste ano", diz Simone Varella, diretora da companhia.

A empresa tem outros dois hospitais no município, sendo um deles para atendimento infantil. A previsão é que a nova unidade seja entregue em cerca de um ano.

Para atender aproximadamente 3 milhões de beneficiários, concentrados sobretudo nos nove Estados do Nordeste e em Amazonas e Pará, a Hapvida tem hoje uma rede de 20 hospitais próprios.

"Com o crescimento do grau de regulamentação do setor e com a inclusão de novos procedimentos, a operadora precisa ter escala e rede própria para conseguir arcar com os custos", diz Varella.

No ano passado, a companhia obteve uma receita total de R$ 1,6 bilhão e a entrada de 426 mil novos beneficiários -crescimento de 12,5% na carteira.

ARES ESPANHÓIS NO NORDESTE DO PAÍS

A Gestamp Wind, que faz parte do grupo espanhol dono da Gonvarri Steel, investirá R$ 70 milhões em sua terceira fábrica de equipamentos eólicos no Brasil.

A planta será instalada no complexo industrial de Suape (PE) -onde já estão as outras duas- e terá capacidade para produzir, por ano, cerca de 4.700 flanges (anéis de ligação de partes das torres).

"A demanda principal será nossa. Vamos consumir 3.000 flanges por ano. O excedente será para atender outros fabricantes de torres eólicas do país", afirma Paulo Coimbra, diretor das três plantas de Pernambuco.

Hoje, a companhia compra as peças de suas fábricas localizadas no exterior -duas unidades do grupo na China e uma na Espanha também produzem flanges.

"Não vamos exportar. A demanda do setor eólico é crescente no Brasil. Ainda temos muito para explorar."

Com 6.000 metros quadrados de área coberta, a unidade deverá empregar 80 pessoas. A área de produção do grupo em Pernambuco tem 700 funcionários no total. No Estado, a Gestamp fabrica ainda torres e processa chapas pré-cortadas.

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Espaço... A aliança de companhias aéreas Star Alliance iniciou conversas com uma empresa brasileira para expandir a rede no país, diz o presidente, Mark Schwab. Neste ano, a TAM migrou da Star Alliance para a Oneworld.

...aéreo brasileiro Schwab afirma também que o processo de integração da Avianca Brasil, anunciado neste ano, está avançado. "O Brasil é estratégico para nós, já vim ao país quatro vezes neste ano e pretendo vir mais."


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