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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Milho transgênico falha, e produtor quer ressarcimento

A semente de milho com tecnologia Bt não cumpriu o prometido e os produtores que a utilizaram perderam dinheiro nesta safra.

Além de não ter a proteção prometida contra lagartas, o produtor teve uma elevação de custos com a imprevista compra de inseticidas.

A avaliação é de Ricardo Tomczyk, presidente da Aprosoja-MT (Associação de Produtores de Soja e de Milho de Mato Grosso).

O Bt (Bacillus thuringiensis) é uma bactéria que produz uma proteína que destrói o sistema digestivo de algumas lagartas que afetam o desenvolvimento do milho.

Diante da perda de eficiência da semente, a associação notificou extrajudicialmente a Monsanto, a DuPont, a Dow e a Syngenta para uma solução às perdas dos produtores.

"Se essa notificação não resolver, vamos tomar medidas mais drásticas", diz Tomczyk. Segundo ele, o produtor pagou muito pela semente, que não teve eficácia. Além disso, a lagarta prejudicou as lavouras e provocou uma queda de produtividade do cereal no Estado de Mato Grosso.

O produtor foi pego de surpresa e teve de fazer compras não programadas de inseticidas, afirma. Ele teve de fazer de duas a três pulverizações para combater a lagarta.

Em muitos casos, o produtor teve dificuldades para adquirir o inseticida. Quando conseguiu o produto, já tinha perdido o momento ideal para a aplicação, diz Tomczyk.

Não há ainda números fechados sobre o prejuízo. Os produtores foram aconselhados, no entanto, a guardar as notas dos gastos extras para apresentar às empresas.

Dados do Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) apontam que o custo não programado chegou a R$ 120,00 por hectare.

Para o presidente da Aprosoja, os produtores foram vítimas de "uma propaganda enganosa". "As empresas já sabiam que a tecnologia não estava funcionando, devido a problemas na safra anterior, mas, mesmo assim, continuaram vendendo o produto."

Consultada, a Monsanto diz que não recebeu a notificação e que se manifestará quando puder analisá-la.

A Dow AgroSciences diz que está analisando o documento e se posicionará dentro do prazo legal. A empresa afirma, no entanto, que orienta os produtores rurais quanto à necessidade de adoção de um sistema de manejo integrado de pragas.

Esse manejo inclui, entre outras ações, o cultivo das áreas de refúgio, essencial para manter o equilíbrio das populações de pragas-alvo.

A DuPont Pioneer informou que até esta segunda-feira (28) não havia recebido a notificação oficial da Aprosoja e que vai aguardar o documento para se manifestar.

Para a Syngenta, "a biotecnologia tem sido um recurso eficiente para a produção agrícola". Mas, não há apenas uma solução definitiva no controle de lagartas. É importante que sejam adotadas estratégias abrangentes, tais como área de refúgio, rotação de culturas e tecnologias de proteção de cultivo, segundo informou a empresa em comunicado.

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Soja nos EUA O percentual de lavouras de soja consideradas boa e excelente nos EUA caiu para 71% nesta semana, abaixo dos 73% da anterior. Mesmo com a queda, é o maior percentual em 20 anos.

Milho Também houve recuo nas condições boa e excelente nas lavouras do cereal no Meio-Oeste norte-americano. De 76%, o percentual caiu para 75% --o melhor em dez anos.

De olho A queda neste período do ano é normal porque a temperatura aumenta e as chuvas diminuem, diz Daniele Siqueira, da AgRural. O problema é se a redução de chuva for seguida por temperaturas muito elevadas, diz ela.

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SOJA
+2,00%D

Ontem, em Chicago

NÍQUEL
-1,88%E

Ontem, em Londres


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