Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Bancos argentinos tentam evitar calote

Grupo ofereceu garantia de US$ 250 mi a fundos em litígio e quer prorrogar negociações por ao menos 90 dias

Ministro da Economia viajou a NY para negociar acordo; reunião segue hoje, dia final para pagamento

ISABEL FLECK DE NOVA YORK FELIPE GUTIERREZ DE BUENOS AIRES FABIANO MAISONNAVE ENVIADO ESPECIAL A CARACAS

Um grupo de bancos privados argentinos ofereceu nesta terça (29) uma garantia de US$ 250 milhões aos fundos que estão em litígio com o governo, na tentativa de evitar que o país entre em calote.

Na madrugada desta quarta (30), o ministro da Economia argentino, Axel Kicillof, anunciou que as negociações prosseguem hoje. Kicillof chegou de surpresa a Nova York na terça e negociou pela primeira vez diretamente com os credores em litígio e o mediador Daniel Pollack.

"Seguimos trabalhando com toda a seriedade que a questão pede", afirmou Kicillof, sem mais comentários.

"Houve franca troca de posições e preocupações. As questões em que as partes divergem seguem sem resolução", disse Pollack, em nota.

O prazo para que a Argentina pague os credores vence hoje, mas os bancos argentinos tentam garantir que as negociações sejam prorrogadas por ao menos 90 dias.

Para isso, os credores em litígio precisam dar aval para que o juiz americano Thomas Griesa suspenda sentença, dada no início do ano, que impede que a Argentina pague aos credores que aderiram à reestruturação (ou seja, aceitaram receber com desconto) enquanto não houver acordo com o grupo que não aceitou os termos do acordo, dono de quase 8% dos títulos.

Nesta terça, os credores da dívida reestruturada com títulos em euro entraram com pedido pela suspensão da execução da sentença.

No texto, os fundos --que possuem € 5,2 bilhões em dívidas da Argentina-- também oferecem abrir mão da chamada cláusula Rufo, que lhes dá o direito de receber eventuais vantagens que venham a ser negociadas com o grupo de fundos em litígio.

Como a Justiça americana obrigou a Argentina a pagar aos fundos litigantes o valor integral na dívida (US$ 1,3 bilhão) simultaneamente ao pagamento aos credores da dívida renegociada, o temor da Argentina era que estes últimos acionassem a cláusula Rufo. Nesse caso, o país poderia quebrar.

O grupo dos credores em euro disse que Buenos Aires precisará de "tempo" para convencer os outros credores da dívida reestruturada a abrirem mão da cláusula. A proposta é esperar 90 dias, ou até o início de janeiro --quando a cláusula expira.

MERCOSUL

Nesta terça, os presidentes do Mercosul "reafirmaram a sua solidariedade e seu apoio irrestrito à posição da Argentina diante das decisões legais favoráveis a um grupo minúsculo de detentores de títulos da dívida soberana da Argentina que rechaçaram as condições aceitas pela ampla maioria dos credores".

A nota, emitida na cúpula do bloco em Caracas, diz que Argentina não está num processo de "default", como em 2001, pois "realiza pontualmente os pagamentos".

"O problema que atinge hoje a Argentina é uma ameaça não só a um país irmão, atinge a todo o sistema financeiro internacional", disse Dilma. "Não podemos aceitar que a ação de alguns poucos especuladores coloquem em risco a estabilidade e o bem-estar de países inteiros."

Já na avaliação da diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, o desenlace do impasse sobre a dívida da Argentina, seja qual for, terá consequências mínimas para o sistema financeiro global.

Para economista, falta pragmatismo à Argentina
folha.com/no1493048


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página