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PIB dos EUA surpreende e cresce 4% no 2º tri

Avanço supera expectativas do mercado e reduz a alta do dólar, que fecha a R$ 2,243

DE SÃO PAULO

A economia dos EUA cresceu 4% no segundo trimestre, em dados anualizados, confirmando que a fraqueza do começo do ano foi um ponto fora da curva, agravado pelo inverno rigoroso, e a recuperação está em curso.

O crescimento do PIB superou a expectativa do mercado, de avanço de 3,1%, e sua força mostra que a melhora recente dos números do emprego não ocorreu por acaso e deve manter-se em curso.

Esses números estão no centro do debate sobre quando os juros referenciais, atualmente flutuando em uma banda entre zero e 0,25% ao ano, começarão a subir.

Por ora, contudo, isso não deve ocorrer. Nesta quarta (30), na reunião de seu comitê de política monetária, o Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) decidiu manter a taxa perto de zero e reiterou que assim deve seguir em um "horizonte relevante".

Alguns economistas preveem que as taxas possam começar a subir a partir de 2015.

O Fed anunciou ainda nova redução de seu programa de recompra de títulos do Tesouro e do mercado hipotecário, que nos últimos anos serviu para injetar dinheiro na economia. O corte, esperado, foi de mais US$ 10 bilhões mensais, para US$ 25 bilhões, com vistas a encerrar o programa em outubro.

A força do PIB no segundo trimestre segue-se à queda anualizada de 2,9% no primeiro, agora revisada para 2,1%. Os detalhes dos indicadores do segundo trimestre, porém, são menos positivos.

Dos 4% de avanço, 1,7% veio de formação de estoques, após declínio no trimestre anterior. É algo que não persiste no futuro próximo.

As vendas finais a compradores nacionais, um indício mais sólido da demanda na economia, contribuíram com 2,8%. O consumo entrou com 1,7%; o investimento empresarial, com 0,7%; e os gastos do governo, 0,3%. Já o comércio exterior continua a pesar contra, 0,6%, por causa de um aumento de importações.

MERCADOS

A decisão do Fed acalmou os investidores no Brasil e trouxe alívio ao dólar comercial (usado no comércio exterior), que fechou em alta de 0,53% sobre o real, cotado a R$ 2,243 para a venda, após ter alcançado pico de alta de 1% durante o dia.

Já o dólar à vista, referência no mercado financeiro, avançou 1,34%, para R$ 2,258 --maior cotação desde 17 de junho. Nem as intervenções do Banco Central, que leiloou 4.000 contratos de swap (equivalente à uma venda futura de dólar) por US$ 198,8 milhões, foram suficientes para impedir a alta.

Nesta quinta (31), o Banco Central fará um leilão de linha de até US$ 2,5 bilhões.

Com o "Financial Times"


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