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Bradesco lucra mais apesar de crédito fraco

Segundo maior banco privado manteve os ganhos com aposta em seguros, tarifas e controle de gastos fixos

Empréstimos crescem 8,1% em 12 meses, ante previsão de 10%; calotes têm leve alta, mas dão sinal de controle

TONI SCIARRETTA ANDERSON FIGO DE SÃO PAULO

O Bradesco, segundo maior banco privado do país, manteve o crescimento do lucro apesar da forte desaceleração do crédito no segundo trimestre, período que incluiu as três primeiras semanas da Copa.

O banco lucrou R$ 3,778 bilhões --28,1% mais que no mesmo período de 2013-- graças ao bom desempenho do segmento de seguros, que respondeu por 28% dos ganhos e passou o crédito (27%).

Também ajudou o forte controle nos gastos administrativos, que cresceram 0,3% em 12 meses --abaixo da inflação de 6,5%. O lucro com tarifas e serviços se manteve estável, contribuindo com 28% do resultado do banco.

Os financiamentos somaram R$ 435,2 bilhões no final de junho --alta de 8,1% em relação ao mesmo período de 2013 e abaixo da previsão do banco de expansão mínima de 10% no crédito neste ano.

Na comparação com o final de março, o crescimento foi de 0,7% no trimestre, afetado pelo menor número de dias úteis devido ao Mundial.

CRÉDITO REPRESADO

Otimista, o presidente do Bradesco, Luiz Trabuco, acredita que a expansão dos empréstimos deve se acelerar nos próximos meses.

O pior desempenho do crédito foi o segmento de pequenas e médias empresas, cuja alta anual ficou em 3,7%.

Os empréstimos ao consumidor foram puxados pelo setor imobiliário, que avançou 34,8% em 12 meses.

Para Trabuco, empresas e consumidores não adiaram os pedidos de empréstimos devido às incertezas em relação às eleições presidenciais.

"Não tivemos nenhum indicador que mostre mudança no ambiente [político]. Evidentemente, anos eleitorais têm sempre uma maior sensibilidade [ao crédito], o que é natural."

Os calotes aumentaram de 3,4% para 3,5% do total de empréstimos de março para junho. No entanto, o Bradesco não vê um aumento da inadimplência até o final do ano. Isso porque os atrasos nos pagamentos entre 15 e 90 dias, que serve como prévia do indicador de inadimplência, recuaram de 4,1% para 3,9%.


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