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País exporta mais e tem superavit de US$ 1,6 bi

Apesar do saldo comercial positivo em julho, balança tem deficit de US$ 916 mi no ano

RENATA AGOSTINI DE BRASÍLIA

Graças ao aumento expressivo dos embarques de petróleo e da venda "artificial" de uma plataforma, as exportações de julho superaram as importações em US$ 1,6 bilhão, o segundo melhor resultado mensal do ano para a balança comercial.

O saldo positivo não foi suficiente, contudo, para reverter o deficit acumulado no ano, que ainda soma US$ 916 milhões, informou nesta sexta-feira (1º) o Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).

O aumento de 276% nas vendas de petróleo ante julho de 2013 ocorreu devido ao incremento da produção da Petrobras, segundo o governo. Essas exportações foram absorvidas principalmente pelos Estados Unidos.

Além da venda de óleo, o resultado de julho também teve a ajuda da venda de uma plataforma de petróleo para Cingapura, no valor de US$ 866 milhões. A exportação é apenas contábil, já que a venda é registrada, mas o equipamento não sai do país. A empresa exportadora recorre à operação para obter vantagens fiscais.

Em julho de 2013, também ocorreu a exportação de uma plataforma, mas o valor foi bem menor: US$ 380 milhões.

No total, as exportações foram de US$ 23 bilhões em julho, aumento de 10,7% ante julho do ano passado. Houve alta em todos os segmentos.

Os embarques de produtos básicos, como petróleo, grãos e carnes, subiram 16,5%. Em números absolutos, foi o melhor desempenho já registrado na venda dessas mercadorias num mês de julho. As exportações de produtos semimanufaturados, como ferro, couro e açúcar, aumentaram ainda mais: 18%.

No caso dos manufaturados, mesmo com a exportação da plataforma de petróleo, o crescimento foi marginal, de apenas 0,6%.

O fraco resultado deve-se principalmente ao efeito da crise na Argentina, principal destino dos produtos industriais produzidos pelo Brasil. Com a demanda fraca por lá, outros setores sentiram.

Ajudou a compor o saldo positivo do mês o recuo das importações, que caíram 5,5% para US$ 21,4 bilhões em julho, em um reflexo da desaceleração da economia. As compras do exterior caíram em todas as categorias: combustíveis e lubrificantes (-7,4%%), bens de capital (-11,2%), matérias-primas e intermediários (-0,5%) e bens de consumo (-9,2%).

Apesar do fôlego nas exportações no mês passado, no acumulado do ano, as vendas seguem levemente abaixo do nível registrado entre janeiro e julho de 2013.

Além da queda para a Argentina, as vendas caíram para os demais países da América Latina, União Europeia, África e Oriente Médio.

Por outro lado, os embarques para os EUA e para a China, os dois maiores mercados do Brasil no exterior, subiram --13,5% e 4,3%, respectivamente.


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