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Governo estima que socorro vai ter impacto de 25% sobre preços

Peso, porém, será reduzido por outros fatores, e reajuste de tarifa ainda será definido pela Aneel

Presidente diz que cálculos feitos pelo mercado sobre reajuste são "suposições" e cita rateio em três anos

DE BRASÍLIA DO ENVIADO ESPECIAL A ALTAMIRA (PA)

O governo calcula que as operações de crédito para financiar as distribuidoras terão impacto de 25% sobre a formação de preços no setor elétrico ao longo dos próximos três anos, de 2015 a 2017.

Essa pressão de alta, porém, deve ser compensada parcialmente pelo efeito positivo sobre as tarifas do vencimento de concessões de usinas hidrelétricas. Assim, o impacto final seria menor, de 9,9%, estima o governo.

O reajuste para o consumidor, no entanto, ainda vai depender de outros fatores, como ganhos de produtividade das empresas. Os valores dos reajustes são definidos anualmente pela Aneel.

O cálculo do impacto das operações de crédito foi feito com base no financiamento total de R$ 17,7 bilhões tomado pelas distribuidoras, incluindo os gastos com juros.

Mas o empréstimo não é a única variável na equação. De acordo com estimativas do Ministério de Minas e Energia, o custo da energia entre 2015 e 2017 sofrerá, por outro lado, uma redução de 14,1%, nos próximos três anos, com o vencimento de concessões que não foram prorrogadas.

Atualmente, o megawatt-hora dessas usinas, que ainda estão pagando investimentos feitos, custa, em média, R$ 140. Com a devolução das usinas ao governo, a partir do próximo ano, esse custo será reduzido para R$ 30, para bancar apenas operação e manutenção das usinas.

Nesta terça (5), a presidente Dilma Rousseff chamou de "suposições" os cálculos do mercado para o reajuste da tarifa de luz provocados pelos empréstimos às distribuidoras. Consultorias estimam esse aumento em até 25%.

"Esses estudos [do mercado] são referenciais, tem para todos os gostos", afirmou.

Dilma afirmou que a diluição da dívida em parcelas impedirá um acréscimo maior na tarifa de luz. "As parcelas de empréstimo não serão pagas à vista, mas rateadas em três anos. Vamos devagar. Foi assim que foi contratado, e assim será pago. Não tem mudança na regra do jogo."

Acompanhada pelo ministro Edison Lobão (Minas e Energia), Dilma sobrevoou as obras da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, e visitou a casa de força, coração da usina.

O estudo do ministério aponta que o impacto dos empréstimos será de 5,9%, 10,5% e 6,8% em 2015, 2016 e 2107, respectivamente.

Já a redução de custo pelo vencimento de concessões seria de 3,3%, 4,9% e 5,3% em igual período. Com isso, o impacto líquido estimado ficaria em 2,6%, 5,6% e 1,4%. (VALDO CRUZ E LUCAS REIS)


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