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Mercado

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Vaivém das Commodities

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Embargo russo eleva preço da carne no Brasil e deve reduzir nos EUA

O embargo russo às carnes norte-americanas pode dar um alívio nos preços desses produtos nos Estados Unidos.

O anúncio da interrupção das compras russas poderá segurar os preços das proteínas no mercado norte-americano, onde a oferta está reduzida e os preços atingem patamares recordes.

O frango pode ser o produto mais afetado, uma vez que é um setor de ciclo curto e parte da produção norte-americana já estava direcionada para a Rússia.

Os produtores esperam redirecionar essa carne para outros mercados, o que não será fácil devido à concorrência de outros países, inclusive a do Brasil. Enquanto os produtores dos EUA preveem receitas menores, os consumidores devem se beneficiar com a queda de preços.

No Brasil, a situação é inversa. Com o aumento da participação das empresas brasileiras nas importações russas, os preços devem subir.

Foi o que aconteceu nesta sexta (9) com a carne bovina. A arroba do animal pronto para o abate subiu para R$ 122 no noroeste de São Paulo, a terceira alta consecutiva na semana. É o maior valor desde o final de junho e ocorre devido às boas perspectivas das exportações, segundo a Informa Economics/FNP.

A carne suína, outra proteína que deverá ter um mercado melhor na Rússia para os brasileiros, também está em alta. Terminou a semana em R$ 75 por arroba, uma evolução de 5% em 30 dias.

O frango, cujas exportações podem aumentar em até 150 mil toneladas, passando para 210 mil em um ano, segundo Francisco Turra, da Abpa (entidade que congrega produtores e exportadores), mantém-se em R$ 2,25 por quilo nesta semana.

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Atrasado A temperatura está abaixo do normal no Meio-Oeste norte-americano para este período do ano, o que atrasa o desenvolvimento das lavouras. A chuva é essencial neste momento em que começa a formação dos grãos.

Chuvas O desenvolvimento atrasado se deve ao excesso de chuvas em junho e à temperatura baixa, de acordo com Daniele Siqueira, da AgRural, que está percorrendo as lavouras de vários Estados nos EUA.

Etanol O preço do litro recuou para R$ 1,885 nos postos de São Paulo, 0,32% menos do que na semana anterior. A utilização do álcool, que vale 0,65% do preço da gasolina, é mais vantajosa.

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SOJA
+2,78%
Ontem, em Chicago

MILHO
-2,16%
Ontem, em Chicago

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EUA importaram 1,1 mi de t de soja do Brasil neste ano

A baixa produção de soja nos últimos anos nos Estados Unidos, líder mundial, forçou o país a buscar a oleaginosa no Brasil. Neste ano, as importações norte-americanas já somam 1,1 milhão de toneladas, 300% mais do que o registrado em igual período do ano passado.

O apetite dos norte-americanos está terminando, no entanto, devido à proximidade da safra deles. No mês passado, as compras se limitaram a 127 mil toneladas de soja brasileira, após ter atingido volume de 436 mil em junho, segundo a Secex.

Mesmo com o avanço neste ano, os Estados Unidos importaram apenas 3% da soja colocada pelo Brasil no mercado externo, cujo volume foi de 37,8 milhões de toneladas de janeiro a julho.

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Agrícolas

Pressão menor nos preços segura inflação

Os alimentos estão em queda, tanto no atacado como no varejo. O IGP-DI da FGV registrou recuo de 2,81% nos preços no atacado no mês passado. No mesmo período, o IPCA do IBGE apontou retração de 0,15% nos preços dos alimentos pagos pelos consumidores.


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