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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Produção de soja aumenta nos EUA, mas demanda estimada ainda é baixa

Os dados do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) desta terça-feira (12) indicam o máximo de oferta que os norte-americanos vão ter de soja em 2014/15, mas apontam também o mínimo de demanda para o período.

A concretização de oferta de 104 milhões de toneladas ainda vai depender de algumas chuvas nas regiões mais secas, enquanto a demanda de 96,4 milhões de toneladas deverá subir pelo menos em mais 2 milhões de toneladas no período.

A avaliação é de Fernando Muraro, da AgRural. Um dos motivos pelos quais o Usda elevará a demanda é o volume já contratado para exportar 17 milhões de toneladas.

Outro componente importante nessa estimativa de que a demanda deverá ficar acima da projetada pelo Usda são as vendas de 4 milhões de toneladas de farelo de soja para a safra 2014/15, o que forçará um esmagamento maior no período.

Daniele Siqueira, analista da AgRural e que circula pelas lavouras do Meio-Oeste dos EUA, diz que a situação em Illinois está excelente, mas em outros Estados, como Iowa, Ohio e Indiana, falta chuva. Esse efeito climático fará com que Illinois tenha uma média recorde de produtividade de 60,5 sacas de soja por hectare, somando 14,8 milhões de toneladas.

Ao atingir essa produtividade, os produtores de Illinois deverão desbancar o líder, Iowa, que ficará com 13,7 milhões de toneladas. Os dois Estados plantaram 4,25 milhões de hectares.

Os estoques finais de soja subiram para 44 dias de consumo nesta safra, um pouco acima do previsto em junho, mas bem superior aos 15 dias de agosto de 2013.

Ritmo menor As chuvas e a redução de ritmo de atividade das usinas, devido à perspectiva de oferta menor de matéria-prima, fizeram a moagem de cana cair 19% na segunda quinzena de julho, em relação a 2013.

Moagem A avaliação é de Antonio de Padua Rodrigues, da Unica. No acumulado desta safra, a moagem subiu para 280 milhões de toneladas, 3,8% mais do que em igual período da safra anterior.

Angus Bovinos angus do Programa Carne Certificada passam a ganhar R$ 1,00 por arroba nas unidades do JBS de Campo Grande e de Lins. A nova tabela valoriza os pecuaristas que investem no angus, diz Reynaldo Salvador, da associação do setor.

NÍQUEL
+1,92%
Ontem, em Londres

CAFÉ
-2,41%
Ontem, em Nova York

Perspectiva de exportação eleva preços das carnes

As boas perspectivas da demanda externa para as carnes continuam empurrando para cima os preços das proteínas no mercado interno.

A arroba de boi gordo subiu para R$ 123 nesta terça (12) alta de 21% em relação aos preços de igual período de 2013. Os dados são da Informa Economics/FNP, que aponta valorização de 2,5% apenas nos últimos sete dias.

O valor da carne suína disparou, com alta de 5% nesta terça (12). Pesquisa da Folha indicou que, em média, a arroba foi negociada a R$ 78,4. A alta é de 32% em 12 meses.

O preço do frango, estacionado em R$ 2,25 desde a segunda quinzena de julho, subiu para R$ 2,30 nesta semana. Em 12 meses, no entanto, contrariando as demais carnes, o frango cai 8%.

Produção agropecuária aumenta para R$ 442 bi

Mesmo com a redução de preços de algumas commodities, as receitas dos produtores brasileiros deverão subir 2,1% no campo. O Valor Bruto da Produção está estimado em R$ 442,3 bilhões neste ano, ante R$ 433 bilhões no anterior. O valor bruto das lavouras sobe para R$ 289 bilhões, 2,8% mais no ano.

O destaque fica para a soja, cujo valor das receitas deverá atingir R$ 96,5 bilhões, 7% mais do que em 2013, segundo José Gasques, coordenador dessa pesquisa do Ministério da Agricultura.

No setor de carnes, a bovina lidera, com valor bruto de R$ 68 bilhões no ano, 18% mais do que em 2013. As receitas com frango recuam para R$ 42 bilhões, 16% menos. Já as com suínos sobem para R$ 13 bilhões, 8% mais.


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