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Bancos estaduais ajudaram a fechar socorro a elétricas

Instituições de Brasília e RS, ambos com governos petistas, ajudaram a fechar empréstimo ao setor

Novo financiamento, de R$ 6,58 bi, visa segurar tarifas neste ano; repasse ao consumidor começa em 2015

SOFIA FERNANDES DE BRASÍLIA

Para fechar a segunda rodada de empréstimo ao setor elétrico, o governo federal contou com dois bancos estaduais, o BRB (Banco de Brasília) e o Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul).

A presença das duas instituições, ambas administradas por governos petistas, mais a do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), é a novidade dessa segunda perna do financiamento, formalizada na terça-feira (12).

Segundo o Ministério da Fazenda, os outros dez bancos que já estavam no consórcio permanecem na segunda rodada. No total, 13 instituições participam dessa etapa, que colocará R$ 6,58 bilhões à disposição das distribuidoras de energia elétrica.

MENOS BNDES

O BNDES terá participação de R$ 2,7 bilhões, menos do que os R$ 3 bilhões anunciados antes pelo governo.

Os R$ 3,9 bilhões restantes serão distribuídos de forma proporcional à da primeira rodada, disse o ministério.

A Caixa e o BB ficarão responsáveis por fatia de R$ 1,7 bilhão, aproximadamente.

Com isso, mais de 70% desse segundo financiamento será arcado por bancos públicos, federais e estaduais.

Na primeira rodada, os dez bancos liberaram R$ 11,2 bilhões às distribuidoras de energia, que precisam do dinheiro para fechar o caixa desfalcado pela estiagem.

Com a falta de chuva, os reservatórios das hidrelétricas foram a nível muito baixo, forçando empresas a comprar mais energia de termelétricas no mercado de curto prazo, cujos preços são mais altos.

IMPACTO NA TARIFA

Se esse custo extra fosse financiado com aumento de tarifas, isso faria disparar a inflação. Para jogar os aumentos para os próximos anos, o governo decidiu usar recursos do Tesouro para bancar a conta, um total de R$ 4 bilhões, mais o primeiro empréstimo.

Como a conta ficou mais cara, e o governo estava sem espaço no seu caixa, optou-se por outro empréstimo.

As duas etapas vão totalizar R$ 17,78 bilhões. Não estão previstas novas operações de crédito para o setor elétrico, disse o Ministério da Fazenda, em nota.

As instituições que participam dessa segunda rodada são: BNDES, BB, Caixa, Bradesco, Itaú, Santander, BTG Pactual, Citibank, JPMorgan, Credit Suisse, Bank of America, BRB e Banrisul.

A segunda operação terá taxas de juros maiores que a primeira, de 2,35% ao ano de juros mais taxa do CDI (hoje, 10,8% ao ano). O custo será repassado ao consumidor como encargo na conta de luz. A primeira teve uma taxa de CDI mais 1,9% ao ano.

O dinheiro da segunda rodada estará disponível a partir de 19 de agosto. O empréstimo tem carência até outubro de 2015. As distribuidoras terão de pagar de novembro de 2015 a novembro de 2017.

Somando os dois empréstimos, a participação dos bancos públicos federais alcança 52,58%, informou a Fazenda.


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